Foi no segundo dia do período de espera que a segunda jóia da Vans Triple Crown entrou na água. O Vans World Cup of Surfing é uma das provas mais antigas do circuito mundial, tendo inclusivamente alternando entre fazer parte do WCT e do WQS.

Actualmente é uma prova Prime mas tem quase tanta relevância como uma etapa do WCT, já que carreiras são decididas heat a heat. É também, “tradicionalmente” uma onda difícil de competir, principalmente quando as condições estão como neste dia de prova.

Vasco Ribeiro foi o primeiro a competir e logo na sua segunda onda fez questão de mostrar que o “hype” desta onda não o intimida. O surfista da Poça atacou o lip numa secção pesada como mais ninguém o fez neste primeiro dia e mesmo não tendo completado a manobra deixou o seu “statement”. A sua primeira onda a contar era bastante pequena para o dia, não passando do metro e meio, mas no fim faria a diferença. O seu outro grande momento foi uma onda um pouco maior em que deu alguns snaps e um batidão na junção impressionante, que lhe garantiu a nota de 7.17. No fim o havaiano Ezekiel Lau foi mais consistente e passou para a frente mas o segundo lugar do português foi sólido e deixou a promessa de mais estragos “down the line”.

Nicolau Von Rupp entrou alguns heats mais tarde e, tal como Vasco, competiu contra três havaianos. O surpreendente destaque do heat foi Billy Kemper que surfou Sunset como se tivesse a surfar um metro, com grandes rasgadas e batidas e acabou com uma vitória alargada. Quem roubou o segundo lugar foi o havaiano filho de brasileiros, Kiron Jabour, que está cada vez mais forte a nível competitivo. Von Rupp ainda apanhou uma “bomba”, mas esta não lhe deu potencial de encaixar grandes manobras e no fim ficou a precisar de uma nota excelente.

Por sua vez Frederico Morais chegava a esta prova com um certo estatuto, ou não tivesse feito um excelente resultado no ano passado e na etapa anterior. Mas o line up neste dia estava difícil de “ler” e a sorte na escolha de ondas foi fundamental. Infelizmente, e apesar de ter feito uma nota média na sua segunda onda, não apanhou ondas com parede como Thomas Woods e Noe Mar McGonagle. No fim da bateria estava a precisar de 3.91 e, sem prioridade surfou bem uma esquerda, mas teria menos um ponto do que precisava e assim foi eliminado.

Zé Ferreira também seria “vítima” de um heat semelhante. O surfista do Guincho não conseguiu seleccionar qualquer onda com parede que lhe deixasse encaixar os seus carves e não fez as notas altas a que nos habituou. Mesmo assim, na sua última onda apenas precisava de 3.82 e surfou-a bem, mas os júris não lhe deram mais que 3.62 e também acabou eliminado.

Vasco Ribeiro e Tiago Pires, que ainda não se estreou nesta prova, são agora os únicos portugueses em prova. Acompanha as suas prestações em directo AQUI!

Heats com surfistas portugueses:

Round 2 | Heat 3WillianCardoso x Leonardo Fioravanti x Pancho Sulliavan x Vasco Ribeiro
Round 3 | Heat 12 | Bede Durbidge x Tiago Pires x 1.12 x 1.11

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