A saída da Nike do surf em 2012 foi um momento bastante invulgar da história do noso desporto pois nunca antes se tinha assistido a uma saída tão repentina depois de um investimento tão grande.
Uma das consequências mais visíveis foi o “carregamento” de super talentos no team Hurley, uma marca que pertence ao grupo da Nike e que já por si era “dona” de uma equipa sólida.
No mesmo alinhamento a Nike deixou de patrocinar o US Open of Surfing, que esteve em vias de “cair”. Felizmente entrou a VANS, uma das marca mais SURF da indústria e talvez a que apresenta mais “saúde” nestes tempos difíceis. De certa maneira quem fez a decisão pela Nike de sair do surf e puxar pela Hurley deve estar satisfeito depois deste evento pois a verdade é que o seu team dominou este que é um dos campeonatos com mais visibilidade de todo o circuito.
Na prova masculina, o evento PRIME, entre os últimos oito em prova (quartos de final man-on-man), quatro eram da Hurley e dois encontrariam-se na final. Já na prova feminina, a contar para o WWCT, apenas uma das últimas quatro em prova eram deste team, mas no fim do dia essa seria a vencedora e nova líder do circuito.
Este último dia do VANS US Open of Surfing teve ondas pequenas, com cerca de meio metro, sets ligeiramente maiores, mas sem vento. Também faltava consistência nos sets, o que poderia ter feito com os heats fossem decididos mais na sorte do que no surf, mas não foi o caso. Os competidores sabiam que poderiam ter poucas oportunidades e faziam questão de fazer valer cada onda!
Entre os homens apenas um dos oito não constava no WCT, mas isso deve mudar em poucos meses. Matt Banting era esse “resistente” e conseguiu avançar para as meias finais num heat “escasso” de ondas contra Jordy Smith. Nas meias Kolohe Andino e Alejo Muniz foram dominantes, derrotando Bede Durbidge e Matt Banting.
Na fina,l Kolohe Andino usou o seu surf progressivo como arma e começou bem a bateria. Mas as primeiras duas ondas de Alejo foram fenomenais, este surfista alia uma rapidez incrível com manobras com power e rail, e quando as consegue encaixar sem cair é quase fatal para os seus adversários. E foi o caso neste heat, Andino não teve muitas oportunidades de responder e os 100K USD foram para o Brasil!
Na final feminina Carissa também começou forte para derrotar Courtney Conlogue, uma surfista que no heat anterior lhe tinha feito o “favor” de eliminar Tyler Wright, então a líder do circuito. Conlogue chegou a estar a precisar de uma combinação para vencer mas não se intimidou com essa posição. Em ondas consecutivas deu dois reverses arriscados e na sua última onda quase virou o resultado, ficando a menos de um ponto de vencer. Mas foi com Carissa que ficou a vitória e agora a liderança do ranking, fazendo desta disputa pelo título uma das mais interessantes dos últimos anos. Realizaram-se também as finais júnior, masculina e feminina, vencidas por Conner Coffin e Bianca Buitendag!
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