As ondas apareceram na Praia de Santa Barbara e, apesar de não estarem condições épicas como em 2011, os surfistas responderam com muito bom surf. No ano passado a presença dos portugueses foi muito fraca a nível de resultados e no round 3 já não havia qualquer representante luso.

Mas logo no primeiro heat, do primeiro round, viu-se que este ano seria diferente, pois bastaram as primeiras duas ondas de Frederico Morais para aparecer a primeira vitória portuguesa. E, umas horas depois, Filipe Jervis conseguiu juntar mais uma vitória à “equipa”. Ambos tinham heats bastante difíceis e, se Frederico dominou desde cedo, já Filipe teve de lutar para acabar na frente. O chileno Manuel Selman também estava de olho no primeiro lugar e até acertou um alley oop. Mas Jervis também deu os seus voos e estava com a prancha no pé. Algumas esquerdas mais tarde estava na liderança e não a perdeu mais!

No heat 10 desta primeira fase Eduardo Fernandes também surfou muito de backside e só não venceu o seu heat porque o brasileiro Messias Félix estava inspiradíssimo. Com alguns voos e rasgadas com power conseguiu a melhor média da prova até aí. Mas a “equipa” manteve-se intacta!

Zé Ferreira parecia estar a sentir alguma pressão e o seu heat não lhe correu bem. Numa das duas primeiras ondas deu uma boa batida de frontside onde soltou as quilhas mas falhou na aterragem e não capitalizou neste fase do heat. Essa nota acabou por fazer falta mais tarde pois os seus adversários foram aumentando as suas médias e Ferreira foi ficando cada vez mais para trás, e eventualmente foi eliminado.

Nicolau Von Rupp foi o próximo a entrar e surfou bem mas ficou-lhe a faltar uma onda de back up. Nos últimos minutos o surfista que estava em segundo, Yujiro Tsuji do Japão, fez-lhe uma marcação cerrada que incluiu um pequeno empurrão durante a disputa por uma onda. Mas os júris não viram e não penalizaram o nipónico, nem Nicolau conseguiu a pequena nota que precisava para passar.

João Guedes entrou no heat 19 e da sua bateria destaca-se uma esquerda com uma série de rasgadas de frontside fortíssimas, que lhe deram um segundo lugar perto do fim do heat. Mas os seus adversários estavam a conseguir uma variedade melhor de manobras e o surfista do Porto acabou mesmo em quarto lugar.

Mais tarde foi a vez de Vasco Ribeiro e Ruben Gonzalez tentarem a sua sorte no 22º heat do dia. Foi Vasco quem impôs a pressão logo desde o inicio, fazendo muitas ondas mas sem nenhum momento muito expressivo. Mesmo assim liderou boa parte do heat, só sendo superado pela brasileiro Alan Jhones. Já Ruben andou mais desencontrado das ondas boas e não teve grandes hipóteses de passar a sua bateria.

A fase de 144 não acabou sem o líder do ranking europeu, Marlon Lipke, vencer mais um heat, passando em primeiro para o round seguinte.

O segundo dia de prova não acabou sem se realizar os primeiros heats da segunda fase. Logo no primeiro estavam três portugueses, Tiago Pires, Frederico Morais, (o vencedor dos trials) Pedro Cordeiro, e ainda o conhecido junior australiano Ryan Callinan. Como já se esperava Tiago começou o heat muito bem e não olhou mais para trás. Com uma boa rasgada para a direita e algumas batidas fortes noutras secções, Saca “combinou” os seus adversários. A verdadeira disputa foi entre Frederico e Ryan e o português acabou por garantir a segunda vaga com alguma facilidade. Em quarto no heat ficou o local, que mesmo não tendo ficado muito perto da qualificação encheu os surfistas locais de orgulho!

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