Se ainda não ouviste falar do projecto WaterWoman Experience não estranhes, foi apenas uma experiência. No entanto, apesar de pequena em dimensão, foi um grande sucesso entre os participantes o que fez com que quiséssemos saber mais sobre esta iniciativa criada pelo nosso colaborador de longa data, João “Flecha” Meneses…
Fala-nos sobre a experiência WaterWoman Experience. Como surgiu esta ideia?
Surgiu de uma forma natural, por surfistas que têm vontade de contribuir para uma melhor cultura de mar. É difícil não admirar a cultura do surf no Havai. Se está flat vão remar, vão nadar. Se há ondas pequenas surfam e divertem-se, se há ondas grandes surfam, desafiam-se e também se divertem. Sabem surfar com diferentes tipos de pranchas, fazem bodysurf, stand up paddle, bodyboard, Kite e Windsurf, percorrem longas distâncias a remar em pranchas ou canoas. Enfim, usufruem do mar de todas as maneiras e conhecem-no melhor do que ninguém.
Em que consiste?
A waterwoman experience é uma das experiências do projecto Share a Way e surge enquadrada nesse contexto, com uma componente forte de natação, de apneia em piscina e outra de exercícios específicos no mar. Visa a preparação das participantes para diferentes cenários, nomeadamente para estarem confortáveis com correntes fortes, saltar de rochas com e sem prancha, leash partido e sair da água em segurança. Visa dotar as surfistas de ferramentas básicas para uma melhor autonomia no mar e no ambiente envolvente.
Em síntese o que se pretende é dar mais experiência a estas surfistas. Não vamos ensinar ninguém a surfar, mas vamos prepará-las para estarem em sintonia com o mar. Para além disso, temos ainda uma componente de freesurf filmado e analisado, com vista a melhorar alguns aspectos técnicos, sem qualquer pretensão de preparar as surfistas para competição.
E porquê esta experiência direccionada para mulheres?
As mulheres são corajosas e ao mesmo tempo humildes quando o assunto passa por admitir as suas dificuldades/fragilidades em determinadas áreas. Sabemos disso porque surfamos regularmente com mulheres e, normalmente estão disponíveis para ouvir surfistas com mais experiência.
Quando e como aconteceu a primeira edição do projecto?
Avançámos com estas experiência o ano passado e queremos continuar a desenvolver este método de aprendizagem, sempre com grupos pequenos (máximo 6 pessoas), homogéneos e enquadrados em diferentes níveis. Em quase todas as actividades temos 2 a 3 formadores a acompanhar o grupo, dependente do grau de dificuldade. Estamos a falar de um rácio de 1 formador para 2 ou 3 participantes.
Quem são os parceiros deste projecto? São escolas de surf? Clubes de natação?
Consideramos essencial o envolvimento de escolas de surf/bodyboard/Stand Up Paddle, Clubes de natação e treinadores de apneia. Temos parceiros em todas essas áreas e muito em breve queremos envolver especialistas em salvamento aquático. Neste momento já estabelecemos parcerias com a Wavecrushers training system na vertente de natação e apneia, com as escolas Go Surf Lisboa e Costa Azul Surf Alentejo e, ainda, com a Stand Up Friend Paddle School.
O cruzamento de várias modalidades e o envolvimento de surfistas/formadores com muita experiência de mar é primordial para o sucesso deste projecto.
Para conhecerem melhor este projecto consulta – www.facebook.com/shareaway.pt/
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