Por mais que tente manter um low profile, Lee-Ann Curren é um nome incontornável do surf feminino europeu. A filha do 3x campeão mundial, Tom Curren, cresceu na Europa e desde muito cedo mostrou grande talento em cima de uma prancha, conquistando por duas vezes o título europeu profissional e vencendo várias provas QS, o que lhe deu acesso a uma vaga no Championship Tour. Passados alguns anos, Curren dedicou-se ao free surf e à música, duas áreas onde se continua a destacar. A sua presença no Prio Softboard Heroes não só acrescentou muito bom surf à categoria “Ladies”, em representação da associação Just a Change, como mostrou muito estilo em cima de softboard. Falámos um pouco com Lee-Ann para saber mais sobre a sua participação neste evento…

Há quanto tempo não competias num evento de surf?
A última vez que participei num campeonato foi a Vans Triple Crown digital, em novembro.

Sentes falta de competir com regularidade?
Não sinto falta mas, quando ocasionalmente entro em campeonatos divirto-me a surfar sem pressão, é um desfio diferente. Não competir não significa que deixas de ter desafios, é apenas um formato onde existes tu, o oceano e os amigos. Seja a desenvolver algum tipo de projecto de vídeo ou aprender como uma prancha funciona, ou aproveitar o máximo de condições de mar que acontecem com pouca frequência ou fazer uma manobra nova à tua maneira. Competir dá-te uma formatação muito “quadrada”, mas que por vezes ajuda.

Como surgiu o convite para o Prio Softboard Heroes?
O Tiago (Pires) ligou-me na última vez que estive em Portugal em Maio, adoro ir lá e fiquei muito feliz por entrar no evento e fazer disto uma pequena viagem. E tocar a minha música na festa de encerramento foi muito divertido também.

Já participaste em muitos eventos juntam o surf e a música?
Sim, os dois misturam-se muito bem. Precisas de música num evento de surf e quando consigo juntar os dois, para mim, é sempre um dia bem passado.

Como estava a tua experiência em softboards, surfas muito com esse tipo de pranchas?
Eu gosto muito de softboards, sempre que estou menos motivada ou as ondas estão fraquinhas, tornam-se numa boa opção para nos divertirmos.

Qual foi a prancha que mais gostaste?
Todas elas tinham a sua personalidade. Foi divertida a adaptação a uma prancha completamente diferente no início de cada heat. Para ser honesta eu não me lembro de qual gostei mais.

O que achaste do evento de uma forma geral?
Foi ótimo conhecer todas as pessoas envolvidas, e conhecer as associações. Elas desenvolvem um trabalho incrível e árduo que faz uma diferença direta na vida das pessoas. Então ter a oportunidade de apoiar isso enquanto fazíamos o que amamos foi muito especial.

Comentários

Os comentários estão fechados.