Conquistar o título de campeão mundial júnior da WSL é um dos objectivos mais importante para o percurso de qualquer surfista que procura fazer carreira como competidor. Iniciado em 1998, este campeonato, que chegou a ser um mini-circuito e entretanto voltou ao formato inicial, coroou surfistas Andy Irons, Joel Parkinson, Adriano de Souza e Gabriel Medina, todos eles competidores que mais tarde seriam campeões no Championship Tour.

Outros são, ou foram, membros do Championship Tour, como Jordy Smith, Pedro Henrique, Kekoa Bacalso, Jack Freestone, Caio Ibelli e Ethan Ewing. E houve vários que ainda não atingiram esse patamar mas mostram potencial de o fazer, como é o caso de Vasco Ribeiro, Lucas Silveira, Mateus Herdy, Finn McGill e Lucas Vicente.

No total são 19 os surfistas que conquistaram os 22 títulos mundiais júnior da WSL pois tanto Joel Parkinson como Pablo Paulino e Jack Freestone conseguiram vencer duas vezes. Desta short list um deles, Pablo, não conseguiu dar continuidade a uma carreira que prometia ser bastante promissora.

Pablo Paulino, local do Titanzinho, uma favela situada em Fortaleza, Brasil, de onde saiu também a ex-top do CT, Tita Tavares, foi campeão em 2005, numa prova realizada em Narrabeen, Sidney, Austrália, que contou com a presença de surfistas como Adriano de Souza, Marlon Lipke, Jordy Smith e Michel Bourez. Na época o título era disputado por surfistas até aos 20 anos, ao contrários dos 18 anos da actualidade, e três anos depois repetiu o feito no mesmo local contra um “pelotão que incluía nomes como Tanner Gudauskas, Charly Martin, Nicolau Von Rupp, Owen Wright, Adriano de Souza, Wiggolly Dantas, Matt Wilkinson e John John Florence que foi eliminado logo no round 2 pelo pouco conhecido Shu Hagiwara. Depois disso Pablo competiu no circuito QS por alguns anos, fazendo inclusive algumas finais em provas mais pequenas, mas não conseguiu manter o interesse dos seus patrocinadores e teve que abandonar o seu sonho de entrar na elite do surf mundial. Depois de 3 anos sem competir, Pauline fez uma breve tentativa de regressar ao tour em 2014, mas aí o seu surf, outrora rápido e explosivo, já não estava equiparado ao nível do circuito e a sua carreira chegou ao fim.

Outro surfista que não prolongou muito a sua carreira depois do título foi o havaiano de Maui, Kai Barger. Foi em 2009 que Kai esteve “iluminado” nas esquerdas de North Narrabeen, para bater nomes como Stu Kennedy, Matt Wilkinson e Jadson André, entre outros, e garantir o título nesta prova em que também estiveram presentes Julian Wilson, Alejo Muniz, Dusty Payne e Nat Young. Barger competiu alguns anos no circuito QS, tendo inclusivamente recebido dois wildcards para provas do Championship Tour mas também não conseguiu manter a sua posição na Nike/Hurley e a sua carreira como surfista também não teve continuidade. Em 2021 Kai fez parte do reality show da WSL, The Ultimate Surfer, um projecto que não teve sucesso e não reacendeu a sua carreira.

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