Portugal tem circuito nacional de surf desde 1992, ou seja, 28 anos completos de circuito. Ao longo desses anos apenas 15 surfistas foram campeões nacionais mas dezenas venceram pelo menos uma prova. Houve também vários que, pelo surf ou pela quantidade de finais que fizeram, mereciam ter vencido mas nunca o fizeram. A ONFIRE fez uma selecção de 5 dos que mais mereciam ter vencido…
Zé Ferreira
Membro da mais forte geração do surf português, Zé Ferreira fez um percurso sólido tanto nos circuitos juniores, como mais tarde no Open, tendo inclusive entrado no top100 do QS e competido na perna havaiana, onde chegou à última prova do ano com hipóteses matemáticas de se qualificar para o CT. Na Liga MEO fez muitas finais, 4 delas em Ribeira D’Ilhas mas foi no Guincho, no fim de 2016 que teve hipóteses de concretizar dois objectivos ao mesmo tempo, vencer uma prova e sagrar-se campeão nacional. Na final, Ferreira foi superado por Gony Zubizarreta por muito pouco e teve que se contentar com um 3º lugar no ranking. No ano seguinte abriu com mais uma final em Ribeira D’Ilhas, uma bateria que liderou mas Vasco Ribeiro deu a volta ao resultado, venceu a etapa e mais tarde o título nacional. Seria a última final de Zé Ferreira, que foi baixando o ritmo ao longo do ano, eventualmente abandonando o circuito e o surf profissional para abraçar outros projectos.
Filipe Jervis
Jervis é mais um exemplo de um competidor que ao longo dos anos mostrou surf de sobra para vencer na Liga, mas que nas fases finais não conseguiu repetir as performances das primeiras rondas. Filipe tem ainda do seu lado um feito que só mais três surfistas em Portugal conquistaram na categoria masculina (Tiago Pires, Vasco Ribeiro e Miguel Blanco), uma vitória no competitivo circuito Por Junior Europeu, tendo sido ainda vice-campeão desse circuito. Este surfista tem alguns anos mais on, e outros mais off na Liga a nível de foco, tendo como momento mais alto possivelmente uma nota 10 que fez em 2012 contra Frederico Morais num heat man on man no Guincho. faltou manter o mesmo nível de surf durante o resto da prova, o que justifica a sua falta de vitórias. Outro destaque foi a vitória no competitivo MOCHE Winter Waves, onde voltou a mostrar a sua qualidade como free surfer. Actualmente mesmo sem estar a fazer carreira como surfista profissional, Jervis ainda compete no circuito e uma vitória não está fora de questão.
Miguel Ximenez
Ximenez mostrou um enorme potencial cedo na sua carreira, tendo inclusivamente competido no circuito QS durante alguns anos. O seu maior triunfo foi o título Europeu no Eurosurf de 2005 e no circuito nacional foi uma final numa prova da Praia Grande em 2007, que foi vencida por Nicolau Von Rupp. Depois de duas lesões que o deixaram foram de água quase um ano, Miguel optou pelo “Plano B”, dedicar-se aos estudos, deixando de lado a sua carreira como surfista profissional aos 23 anos, sem qualquer vitória na Liga MEO Surf.
Pedro Monteiro
Pedro “Pecas” Monteiro começou a competir nos primórdios do circuito nacional, ainda como júnior mesmo antes a criação do circuito de esperanças. O surfista de Carcavelos fez a sua primeira final antes da ruptura entre surfistas e Federação e quando surgiu o primeiro o circuito “rebelde”, o circuito ANS, que tinha todos os surfistas de destaque em Portugal, fez 5 finais no mesmo ano. Pecas manteve-se nos top16 por mais alguns anos mas a vitória não surgiu.
José Couto “Pirujinho”
Pirujinho era um dos grandes destaques da “Geração de Ouro” surf português dos anos 90, com direito a várias presenças na selecção nacional e um resultado na única prova Pro Junior da Europa, o Quiksilver Pro Junior em Capbreton, algo que demorou muitos anos a ser superado por outros portugueses. Zé Pirujinho dividiu durante muitos anos o seu foco entre a pesca e o surf e conseguiu ser top16 durante cerca de uma década, ameaçando várias vezes a vitória mas acabando a sua carreira sem esse merecido triunfo.
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