Depois de uma longa reunião entre surfistas e organização sobre o Margaret River Pro, 3º etapa do Championship Tour, a prova foi cancelada.
Os últimos meses de Sophie Goldschmidt, CEO da WSL, não têm sido fáceis tendo estado envolvida numa nas maiores polémicas da World Surf League desde o ano em que Kelly Slater foi sagrado campeão mundial prematuramente, a perda da licença do Billabong Pipe Masters. Esta foi mais uma situação que Sophie não conseguia contornar e, ao fim de algumas horas ficou patente que esta etapa iria cair.
A razão é simples, não se reúnem as condições de segurança para os melhores surfistas do planeta estarem na água a competir. No último dia em que esta prova se realizou as competidoras da feminina foram retiradas temporariamente da água para esperar que um tubarão abandonasse o line up e durante o lay day que se seguiu a coisa agravou. Duas pessoas foram atacadas por tubarões numa praia a 6kms do pico principal, cerca de 15 tubarões foram avistados a alimentar-se de um cadáver de baleia e alguns surfistas, de onde se destacam Gabriel Medina e Ítalo Ferreira, partilharam nas redes sociais o seu desagrado com a situação e a falta de vontade de arriscar a vida por esta prova.
A reunião acabou por confirmar o que já se esperava pois, sem garantias de segurança para os surfistas, a prova foi cancelada. Todos os competidores que se encontravam no round 3 receberam os pontos equivalentes ao 13º lugar, o que ditou uma queda de 3 lugares no ranking para Frederico Morais, saindo assim da Austrália no 14º lugar.
Ficou no ar a possibilidade de realizar os heats que faltam desta prova em outra localização durante o ano mas é algo que dificilmente será viável por questões logísticas, financeiras e mesmo de justiça desportiva. A próxima etapa é o Oi Rio Pro, realizado entre 11 e 20 de Maio, em Saquarema, Brasil.
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