Nicolau Von Rupp é um dos melhores surfistas que reside no nosso país. Quando está por cá temos sempre vontade de seguir, pois está sempre a apanhar boas ondas. Mas ultimamente não tem dado para nos “colarmos” a ele pois tem estado quase sempre fora de Portugal. Com um pouco de sorte apanhámo-lo entre voos para descobrir o que andava a fazer.

Onde estás neste momento?
Estou na Lounge da KLM em Bristol, à espera do meu voo para Lisboa. Faltam duas horas para o meu voo e não há nada melhor do que matar umas horinha com esta entrevista.

De onde vens?

Newquay, venho do WQS 6 estrelas.

Por onde tens andado este ano?

Ainda não parei, estive em todo o lado. Havai, Brasil, Austrália, Lakey Peak e Mentawaii (Indonésia) e Estados Unidos. Tem sido um ano bastante em cheio e, felizmente, estas viagens foram todas relacionadas com surf. Portanto alivia sempre a tensão dos voos uma vez que entramos na água.

Para onde vais agora?

Vou uns dias para casa para recarregar energias para a próxima etapa da perna europeia, em Lacanau.

Qual foi a tua ultima viagem em “modo free surf”?
Estive um mês pela Indonésia, inicialmente a ideia era ficar duas semanas mas com o swell sempre a bombar acabei por prolongar por outras duas mais semanas. A viagem começou nas Mentawaii com o Jonathan Gonzalez, Gony Zubizarreta, Hodei Collazo e o nosso grande Shaper Nick Urrichio. Era tudo pessoal mais velho que teve uma grande influência em mim como pessoa e como surfista. Fomos abençoados com altas ondas, tanto para tubos como para manobras, foi uma viagem GOOD VIBES. Depois fiquei por mais uma semana em Bali para uma viagem da Nike com o team Europeu. Seguimos para Java à procura das melhores ondas e apanhámos um pico de esquerda e direita bastante tubular, foi uma semana com altas ondas.

Qual foi o teu objectivo para esta viagem?

O objectivo desta viagem era apanhar grandes tubos e quando estivesse mais pequeno aterrar kerrupts e varials de backside.


Quantas pranchas partiste?
Levei 8 pranchas e parti todas ao meio, geralmente é sinal de uma viagem bem sucedida. Como o coach João Macedo costuma dizer, “IF YOUR NOT BREAKING BOARDS UR NOT TRYING HARD ENOUGH”!

Neste momento estás mais focado em fazer boas secções de vídeo ou campeonatos?

Estou a juntar as minhas melhores ondas de este ano para entrar no Innersection, sem dúvida que é um dos meus grandes objectivos. Em competição quero ser pelo menos Top 100 do WQS, para que tenha vaga em todos os eventos Primes do próximo ano. Ou seja, a minha primeira metade do ano foi mais dedicado ao free surf e agora que tenho vaga para os restantes Primes deste ano vou-me dedicar mais à competição.

Quais são os teus objectivos a curto e longo prazo?
Objectivos a curto prazo são garantir-me no top100 até ao final do ano e ir à procura das melhores ondas europeias. Objectivo a longo prazo é qualificar-me para o WCT, nos próximos 5 anos.

Quando voltas a Portugal, depois de uma viagem destas, tens dificuldades em te adaptar?

Um dos meus maiores problemas após a chegada de viagens é a adaptação do corpo, demoro sempre uns dias para os meus músculos começarem a reagir a 100%.

Para terminar, quando é que voltas a fazer uma capa na ONFIRE?
Não sei, já lá vão cinco anos desde a minha última, já ta na altura, não?

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