Terminou esta noite o Billabong Pipe Masters powered by Hydro Flask, a primeira prova a contar para o ranking de 2021 do Championship Tour. Foi um evento que ficará para a história não pelas ondas mas sim pelos confrontos nas fases finais, acrescentando ainda a prova feminina, a primeira do estilo naquele local a contar para o título mundial.
As meias finais masculinas juntavam todos os campeões mundiais da WSL ainda no ativo, exceto Adriano de Souza, que tinha perdido logo no round 2. De resto, John John Florence trazia dois títulos mundiais, Kelly Slater 11, Ítalo Ferreira 1 e Gabriel Medina 2, mas havia algo que apenas um deles não tinha, o título do Pipeline Masters. John John Florence foi o único dos 4 que cresceu no North Shore e que surfa em Pipe desde muito novo e, apesar de já ter vencido a prova na versão QS, esta vitória iludia-o.
No entanto, logo nas duas primeiras ondas, onde garantiu notas muito altas em tubos incrivelmente profundos, Florence lembrou a sua forma em Margaret River no passado, quando surfou tão acima da média que ficou visível que a vitória só poderia ser sua. O seu adversário, Kelly Slater, começou bem mas não conseguiu fazer a sua “magia” novamente, acabando por cometer uma interferência no fim do heat para fechar a sua prestação com zero pontos.
Do outro lado da grelha vinha a brazillian storm nos seus expoentes mais altos, Ítalo Ferreira e Gabriel Medina. Os dois tinham contas a acertar, principalmente “Gabe”, que tinha no seu adversário o surfista que mais vezes o derrotou entre todos os competidores do tour, incluindo na bateria que decidiu o título mundial em 2019. Desta vez Ferreira vinha com uma lesão contraída no heat anterior, depois de bater no fundo em Pipeline. O sofrimento do campeão mundial em título era visível mas a bateria acabou por ser muito disputada, sendo vencida por Medina por duas ondas boas a uma.
A ondas não apareceram como se esperava na final e Gabriel Medina esteve perto de vencer sem ter feito muito. Cedo no confronto fez tubo para Backdoor e outro para Pipe, ficando com uma média de 11.10 pontos que, incaracteristicamente, não melhorou no resto do heat. Medina esperou muito por uma onda melhor para “fechar a porta” mas John John Florence foi construindo o seu heat. Perto do final a onda apareceu mas não tinha saída e o havaiano entretanto já tinha passado para a frente por 0.67 pontos e assim sagrou-se campeão do evento e líder do circuito!
Em simultâneo realizou-se o Maui Pro que teve algumas prestações fracas mas que foram compensadas pelos tubos que Carissa Moore fez nas meias finais. No entanto a sua adversária na final foi Tyler Wright que também se destacou na fase anterior e acabou por vencer a bateria e arrancar na frente do Championship Tour feminino.
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