Depois da eliminação de John John Florence nos quartos de final, o MEO Rip Curl Pro Portugal continuou a avançar.
Nas baterias seguintes, Kanoa Igarashi bateu Miguel Pupo e Gabriel Medina não deu qualquer ao seu companheiro de equipa, Mick Fanning, e avançou para a fase seguinte com facilidade.
Cada heat que Medina passasse a partir daí, seria terreno que recuperava na diputa pelo título e, nas meias finais, Kanoa Igarashi não conseguiu equiparar-se e perdeu para o campeão mundial de 2014. Do outro lado da grelha vinha Julian Wilson, que despachou Kolohe Andino na primeira meia final, que foi mais um super heat desta prova.
Gabriel e Julian já se tinham encontrado antes na final, várias vezes até. A primeira foi em 2011, ano em que Medina se estreou no tour. Os dois competiram juntos na final do Quiksilver Pro France e o vencedor foi o brasileiro, um resultado que Julian considerou injusto. Seguiu-se o Rip Curl Pro Portugal, que Julian virou o resultado a seu favor nos segundos finais, no que foi um dos resultados mais polémicos de sempre na WSL.
Em 2014, o ano do título de Gabriel, a dupla encontrou-se na final da última etapa, o Pipe Masters, horas depois de Medina se ter sagrado campeão mundial. Mais uma vez o resultado foi apertado e muitos consideraram-no injusto até, mas o dia era de festa para o Brasil e não houve grandes reclamações. Wilson e Medina encontraram-se novamente na final há poucos meses, no Billabong Pro Tahiti. Pela primeira vez, o resultado não foi polémico e o aussie aumentou o recorde para 3-1 em finais. Neste quinto encontro, na final do MEO Rip Curl Pro Portugal de 2017, ambos tinham mais em jogo que no passado pois para chegarem ao Havai em bom alcance de John John Florence, a vitória era essencial.
Nos primeiros 10 minutos da final nenhum dos dois conseguiu colocar uma nota forte. Ambos tentaram alguns tubos, sem saída, e Medina quase acertou um bom aéreo reverse de backside, mas acabou por não ter sucesso. Quando finalmente conseguiu sair de um tubo, para a esquerda, Gabriel fez a primeira nota média da final, 5.17, o que o deixou na frente, enquanto que Wilson precisava de apenas 5.67. Com mais um aéreo, sem rotação, Medina fez mais uma nota média e aumentou o requisito de Julian para 9.51.
O brasileiro não parou de fazer ondas, sempre a tentar aéreos, já que os tubos pareciam estar cada vez mais, a deseparecer. A menos de 10 minutos do fim, Julian copiou a estratégia do seu adversário e foi à procura dos aéreos, entrando na disputa com um bom voo e baixando a requisito para 6.17. Na onda seguinte Medina voou novamente, e trocou de base no ar, mas a manobra foi mal acertada e não mudou a situação.
Nos minutos finais Julian “fugiu” para uma esquerda e fez um bom tubo para a esquerda e conseguiu a nota, por 0.1, deixando Medina a precisar de apenas 5.28, a menos de 3 minutos do fim. Pouco depois Medina respondeu com uma esquerda com um aéreo, uma rasgada forte e uma finalização, para receber 6,27 e a liderança. Wilson ainda fez mais um tubo mas não pontuou muito e Gabriel finalmente vingou a derrota de 2012, vencendo o seu segundo CT de seguida.
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