Morreu um grande homem, morreu um grande surfista. Mas não morreu uma lenda! Greg Noll será lembrado para sempre e os seus actos de coragem serão transmitidos às próximas gerações através da escrita, das imagens e das palavras de boca em boca. Assim se fazem heróis!

Este homem que nos deixa, fisicamente, aos 84 anos, não se vai embora sem nos deixar uma mala de viagem com um legado de coragem, de audácia e de perseverança, numa época em que nunca precisámos tanto de alicerces sólidos para seguirmos um caminho honesto, respeitando as nossas paixões e o nosso chamamento para um percurso de vida em sintonia com os nossos sonhos. Vivemos numa fase que nos contentamos com a felicidade dos outros, ou que simulamos essa fazedora de sonhos numa qualquer rede social com uma foto estática que queria ser movimento. Vivemos sem querer esfolar joelhos e sem subir às árvores para apanhar frutos. Vivemos com medo de tudo. Vivemos com medo de viver.

 

 

Greg Noll viveu! Greg Noll vive! Será lembrado como um dos pioneiros em Waimea e Makaha nos anos 50 e em Pipeline, já nos anos 60, desbravando o desconhecido do North Shore Havaiano. Será lembrado como um shaper experiente, um patriarca e um homem de negócios, mas sobretudo, será lembrado como um jovem que saiu do continente americano para procurar mais qualquer coisa nas ilhas… E o resto é história. História do surf e história de uma vida preenchida, cheia de aventuras e de ondas na sua caderneta de recordações.

Aloha Noll. Precisamos de mais gajos como tu.

 

Para ler mais textos de João “Flecha” Meneses visita o seu blog “Caderneta de Mar”.

Sobre o Autor:
João “Flecha” Meneses | Com quase três décadas de surf nos pés, “Flecha” enquadra dois adjectivos de respeito no surf, “underground” e “Soul” surfer. Originalmente local das ondas da Caparica, João tornou-se residente da Ericeira há mais de uma década e é um daqueles surfistas que não aceita insultos do “Sr. Medo”. Nos seus tempos livres é escritor de mão cheia e esta é mais uma grande colaboração com a ONFIRE.

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