Entrar no WCT é o sonho de qualquer surfista profissional mas chegar lá é um dos maiores desafios que um competidor pode encontrar. Uma vez qualificado o percurso não se torna mas fácil e vencer entre os melhores surfistas do mundo é uma honra reservada a poucos. Entre os membros deste restrito grupo são vários os que mostram potencial para vencer, mas acabam por não conseguir. A ONFIRE seleccionou 5 surfistas que considerou os melhores entre os que não conseguiram vencer. Podes ler sobre os três primeiros nomes desta lista AQUI!
Dane Reynolds | Califórnia
Por um lado não é de estranhar que Dane nunca tenha vencido no mais competitivo circuito de surf do mundo, já que até nos circuitos juniores e amadores encontrou grandes dificuldades de bater adversários inferiores. Por outro lado foi aí que o seu surf mais sobressaiu, tendo chegado a duas finais e uma mão cheia de meias-finais. O ano de 2009 foi o seu melhor, com direito a presença no top10. A partir daí foi sempre a cair, o seu estatuto de melhor free surfer do mundo mantinha-se nos heats mas a sua vontade de vencer não se equiparava à dos seus adversários. O resultado foi um abandono anunciado do circuito e apesar de ter conseguido uma das suas finais como wildcard, os seus resultados foram caindo a partir daí. A sua prestação em Snapper este ano mostrou que cada vez tem menos potencial para vencer e as suas participações em provas desse nível devem começar a escassear.
Tiago Pires | Portugal
Vários surfistas fizeram longas carreiras no WCT sem vencer etapas, mas nenhum fez tantas notas excelentes como o nosso Tiago Pires. Logo no primeiro ano Saca fez uma nota 10, um 9 e uma série de outras ondas dentro da categoria excelente. Tiago bateu Kelly (3x), Dane, Jordy, Owen, Taj, Adriano, Andy (antes do WCT) e quase todos os restantes grandes nomes do tour. Fez três meias finais em partes distintas do planeta e superou quase todos os objectivos a que se tinha proposto. Ficou a faltar a vitória, aquele campeonato em que tudo bate certo e mais uma barreira é derrubada. Peniche e Pipe foram os seus “calcanhares de Aquiles”, e apesar de ser muito improvável voltar a competir na etapa havaiana, um wildcard na etapa portuguesa poderá estar nas cartas. Sem pressão de rankings e expectativas, tudo poderá mudar e o português poderá perfeitamente sair desta lista.
3 menções honrosas:
Fred Patacchia | Havai
Fred ainda está no tour e apesar da nova geração estar a dominar o circuito este veterano havaiano com 10 temporadas de experiencia continua em grande forma. As suas duas melhores hipóteses de vencer aconteceram em esquerdas tubulares, Teahupoo e Uluwatu. Em 2006 fez a final do Billabong Pro Tahiti contra Bobby Martinez e a sua última onda poderia tê-lo tirado desta lista. As ondas não passavam de um metro Martinez tinha conseguido dois bons tubos. Freddy tinha um e no último minuto fez uma onda em que deu um tubo, um aéreo e um fortíssimo carve. Os júris não sabiam bem o que fazer e não lhe deram-lhe 0.2 abaixo do que precisava. Voltou a chegar à final no Rip Curl Pro Search “Somewhere in Indonésia” mas foi batido por um heat excelente de Bruce Irons. Como continua no tour tem hipóteses de vencer, apesar de se estar a tornar cada vez mais improvável.
Chris Ward | Califórnia
“Wardo” foi feito no mesmo molde que “wildmen” do tour como os Irons, Chris Davidson entre muitos outros. Demorou a entrar no WCT mas a sua estreia foi incrível, chegando à final depois de bater grandes nomes do tour como Kalani Robb, Kelly Slater e Taj Burrow. Foi Mick Fanning que venceu a etapa mas esperava-se que o americana o de San Clemente continuasse a sua forma e talvez até disputasse um título mundial. Mas foi uma ilusão já que no resto do ano só teve 17º e 33º e quase caiu do tour. Voltou a fazer uma final em 2008 em Pipe contra Kelly mas novamente perdeu. Chris é um dos surfistas mais imprevisíveis da história do WCT mas acabou a sua carreira pouco depois sem conseguir o triunfo na elite. Apesar disso hoje em dia ainda mantêm os seus patrocínios e corre o WQS com algum sucesso.
Phillip MacDonald
“Macca” é o típico surfista australiano da sua geração, um autêntico power surfer. Entre 2003 e 2005 fez 4 finais no WCT mas não conseguindo vencer nenhuma. Em 2007 caiu para o WQS, mas conseguiu a qualificação novamente para 2009. No entanto a sua grande forma já tinha passado e passou o ano a juntar 17º e 33º lugares, largando o surf profissional para uma posição de comercial da marca que o patrocinou durante toda a carreira (O&E).
Na próxima semana podes ficar a conhecer os 5 vencedores mais surpreendentes no WCT em www.onfiresurfmag.com
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