Miguel Blanco fez a primeira capa da sua vida na ONFIRE 71 (Out-Nov 2014), uma época em que a internet e as redes sociais já têm peso como ferramentas na análise do “valor” de um surfista.
Numa altura em que a internet e as redes sociais são meios importantes para a carreira de um surfista, onde se situa a importância das revistas de surf? Há quem defenda que os números das redes sociais não são mais do que uma febre e que não devem ter o peso gigante que outros defendem, não só por não serem números verídicos a 100% (uma vez que é possível pagar para ter Likes, ganhar visualizações, etc, o que não fornece um número real do número de pessoas verdadeiramente interessadas nesse surfista) como por terem – os post, videos, fotos de Instagram, etc – um ciclo de vida rapidíssimo (um vídeo viral não terá mais do que três ou quatro dias de exposição). Do lado oposto, há quem defenda que os números dos Likes, Plays e Seguidores são as novas ferramentas medidoras da carreira de um surfista. E depois há quem defenda que é no meio que está a virtude.
Fazer a capa de uma revista sempre foi um dos momentos mais importantes da carreira de qualquer surfista, e talvez a melhor forma de dar retorno aos seus patrocinadores, mesmo nos dias de hoje…
Decidimos saber o que pensam os surfistas que já fizeram capa na ONFIRE sobre o que significa para eles, nos dias de hoje, a importância de uma capa. Depois de Marcelino “Bizuka” Barros, Miguel Blanco é o surfista que esta semana apresentamos na rúbrica “A Importância de uma Capa”. Aqui fica a sua opinião sobre “A Importância de Uma Capa” e o que esta mudou, ou não, nos dias de hoje…
O que representa para ti fazer capa de uma revista de surf?
Até hoje só fiz duas capas e foram em contextos completamente diferentes… Uma foi na Costa da Caparica em que estava a surfar com os meus amigos e por acaso estava lá o Carlos Pinto e pum! Fiz uma capa em que nem sabia se alguém tinha fotografado a minha manobra. Foi um bom sentimento de surpresa quando saiu a revista (NR: ONFIRE 71 | Out-Nov 2014). A outra foi com o Ricardo Bravo em que já sabíamos para o que íamos… Saímos da praia com o feeling de missão cumprida e passado cerca de três semanas, quando a Surfportugal saiu, foi a confirmação.
E alguma delas teve mais significado para ti?
Ambas as capas me deram ainda mais pica para surfar e fotografar! E ambas as capas e a minha vitórias no Pro Junior Europeu em Portugal foram com a mesma prancha… Neste momento essa prancha está morta mas bem guardada na minha garagem!
Se pudesses escolher uma e apenas uma revista internacional para fazer capa qual escolhias?
Escolhia a SURFER… ou a Surfing. Acho que qualquer surfista vai dar esta resposta. São as duas maiores revistas de surf do mundo (pelo menos acho que são ahah).
Se hoje pudesses escolher uma foto tua para fazer capa como seria essa?
A minha capa de sonho é um tubão para Backdoor ou Pipeline.
E se pudesses escolher uma foto SEM SER TUA para fazer capa como seria essa (pode ser surf ou lifestyle)?
Então malta, estão com falta de ideias para a capa da próxima edição (risos)?!? Não sei, talvez um cenário paradisíaco com uma onda perfeita, pôr-do-sol e muitas palmeiras.
O que preferias, fazer capa de uma revista de surf nacional ou ter uma foto com 10.000 likes no Instagram/Facebook? E preferias fazer capa de uma revista de surf internacional ou ter uma foto com 100.000 likes no Instagram/Facebook?
Fuck social media! Bring the magazine covers!!!!
(“Let me recap” | Vídeo )
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