Embora com menos swell do que se esperava inicialmente, o Rip Curl Pro Portugal finalmente foi à água com boas ondas de um metro e (mais tarde) sets de metro e meio com pouco vento. O primeiro heat do dia acabou por ser o mais fraco de todos pois os brasileiros Adriano de Souza e Raoni Monteiro e ainda o norte-americano Brett Simpson tiveram dificuldades em encontrar a saída dos tubos nesta maré. Adriano acabou por ser o vencedor com a curta média de 6.30.
Mas daí em frente foi sempre a melhorar. John John Florence foi o primeiro grande destaque do dia ao sair de alguns tubos depois das ondas fecharem, algo que seria repetido por outros vencedores ao longo do dia.
Mick Fanning foi o primeiro surfista de topo a “cair” na repescagem, graças ao seu conterrâneo Kieren Perrow que teve “flashes” de backdoor em alguns tubos e acabou 0.03 pontos à frente. Kolohe Andino foi outro surfista que mostrou uma grande mestria nos tubos, encontrando a saída em dois. Mas Joel Parkinson conseguiu fazer um pouco melhor e venceu com a melhor média da fase.
O heat que realmente “pegou fogo” foi o de Gabriel Medina contra Matt Wilkinson e Miguel Pupo. Cada um deste três goofies mostrou muito bom surf. Pupo deu um bom tubo para a esquerda mas o facto de ter levado com a prancha na cabeça parece tê-lo deixado mais perdido no heat. Miguel chegou a ter de sair da água para ver se teria de levar pontos mas conseguiu fazer o resto do heat. Wilko, munido de uma adaptação mais radical do seu fato basco, deu um bom tubo para a esquerda e um rodeo clown completo para a direita. Mas foi Medina que venceu com um longo tubo para a esquerda, seguido de um aéreo, para receber uma nota de 10 pontos.
Outros surfistas que conseguiram notas 10 foram CJ Hobgood e Michel Bourez, no caso do tahitiano já foi durante o segundo round.
O outro heat relevante desta primeira fase foi o último, Tiago Pires Vs Julian Wilson e Adrian Buchan. Tiago foi quem abriu melhor, com um longo tubo para a direita numa onda de set. Logo a seguir Julian fez o mesmo mas, por não ter saído pela porta certa, recebeu menos meio ponto que Tiago. Depois Julian conseguiu fazer um bom back up, deixando o português a precisar de uma nota de 5.56. A maré cheia não ajudou e as poucas ondas que Saca apanhou não tinham potencial para “virar” a bateria. Apesar de não ter passado, Tiago saiu da água com a cabeça erguida e um apoio do publico que não se viu para nenhum outro surfista.
A esta altura já se tinha ultrapassado a fase difícil da maré e a prova entrou pelo round 2 com o objectivo de avançar até ao heat 8.
Dos top seeds presentes nesta fase, Mick Fanning, Taj Burrow e Jordy Smith, apenas o último perdeu nesta fase graças a um longo tubo de Dusty Payne. De resto Fanning eliminou o vencedor dos trials, PV Laborde, e Taj despachou o wildcard Dillon Perillo.
As ondas continuaram a melhorar e o heat 4 fez lembrar uma bateria do evento de 2011, quando se viu tubo atrás de tubo, bateria atrás de bateria. Os surfistas eram Adrian Buchan e Patrick Gudauskas e cada um deu dois ou mais tubos incríveis, acabando com a média de 18.5 (Adrian) contra os 17.73 (Gudauskas).
Heat de Tiago Pires | Bateria 12 x Kolohe Andino
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