O MEO Portugal Cup of Surfing começou cedo e com boas ondas em Ribeira D’Ilhas, como já era esperado. Este Special Event organizado pela WSL trouxe ao nosso país uma mão cheia dos melhores surfistas do mundo e este dia começou com o surf feminino.

Foi uma surfista israelita que dominou o primeiro heat do evento, Anat Lelior, que aproveitou as condições entre meio e um metro para matar saudades de point breaks de direita, usando um forte surf de backside para bater Rachel Presti e Ariane Ochoa. Johanne Defay, a líder desta Euro Cup, venceu o heat seguinte mas não foi uma vitória fácil. Carolina Mendes surfou muito bem nesta bateria e caso Defay não tivesse fechado o heat com uma onda excelente, teria sido Carol a primeira surfista lusa a vencer uma bateria, enquanto que Camila Cardoso ficou em terceiro lugar.

Entretanto Pauline Ado impôs um ritmo muito forte logo no início da bateria seguinte, deixando Yolanda Hopkins e Mafalda Lopes a “correr atrás do prejuízo”. A francesa só surfou 3 ondas mas venceu destacada, empurrando mais duas surfistas “locais” para a repescagem. Felizmente Teresa Bonvalot voltou a meter o seu surf de backside a pontuar alto, algo que tem sido uma constante em quase todas as provas em que competiu desde o desconfinamento, e venceu a última bateria da fase, deixando Nadia Erostarbe em segundo lugar e Francisca Veselko em 3º.

Seguiu-se o round 1 masculino, que apanhou ondas ainda melhores que o feminino. Logo na primeira bateria Ramzi Boukhiam lembrou que, apesar de viver no sudoeste de França há muitos anos, cresceu nos point breaks de direita marroquinos, uma experiência que contribuiu em muito para a vitória sobre dois tops do CT, Leonardo Fioravanti e Jadson André. A bateria seguinte era a mais esperada da fase pois defrontava os finalistas do campeonato mundial júnior de 2014, que se realizou no mesmo local. Ítalo Ferreira perdeu essa final mas venceu esta bateria com grande vantagem. Vasco Ribeiro era candidato à vitória na bateria mas esteve quase sempre fora do timing das secções nas ondas que apanhou e aparentemente um pouco desconectado do seu equipamento. A surpresa do heat foi a prestação de Henrique Pyrrait, ou “pirate” como passou a ser chamado pelos speakers internacionais. Este surfista cresceu a surfar esta onda e mostrou que tem potencial de dar muito trabalho aos seus adversários nesta prova, tendo inclusivamente acabado em segundo lugar na bateria, mas a precisar de uma nota alta para vencer.

Maxime Huscenot também surpreendeu ao bater Kanoa Igarashi graças a uma onda muito bem surfada tarde no heat, enquanto que Afonso Antunes ficou em 3º lugar a precisar de 6.84 para vencer. Frederico Morais dominou o último heat da fase até aos minutos finais. O nosso topo do WCT fez um par de ondas muito fortes no início, com os seus conhecidos “combos” de curva de rail para batida no lip ou snap, pontuando notas de 6 pontos. No entanto Aritz Aranburu colocou-se na disputa pela vitória com uma nota de 7.67 e ficou o resto do heat à espera de um back up. Infelizmente para Morais, o basco foi bem sucedido, surfando uma onda de set sem arriscar muito mas conseguindo pontuar 4.8 quando precisa de apenas 4.6, passando para a frente e vencendo a bateria.

Com a maré a ficar cada vez mais cheia a prova entrou em modo on hold por tempo indeterminado.

Notícia em actualização…

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