O título mundial de 2018 ficou decidido nas meias finais, quando Gabriel Medina venceu o heat e deixou Julian Wilson sem hipóteses de o superar. Mas, por mais contentes que Gabriel a sua torcida tivessem, havia uma leve sensação de dejá vu que todos queriam evitar.

O seu adversário na final era Julian, numa repetição do evento de 2014, quando Medina venceu o título pela primeira vez. Nesse ano os dois fizeram uma final muito disputada e na última onda o brasileiro ameaçou virar o resultado a seu favor mas a nota, que só saiu quando ambos estavam já na areia, não foi suficiente. Desde aí “Gabe” não conseguiu conquistar o título da etapa, que era a única que lhe faltava na “trifecta” de tubos pesados, Teahupoo/Fiji/Pipe. Foi um heat mais uma vez muito disputado mas Medina esteve durante toda a prova num nível acima de todos os outros e deu a volta a mais um resultado, juntando mais um grande feito à sua longa lista de triunfos.

Poucas horas antes, no momento em que Gabriel eliminou Jordy Smith para se sagrar campeão mundial, um outro grito de alegria era solto, apesar de ter sido bastante ofuscado por razões óbvias. Jesse Mendes acabava de se sagrar campeão da prestigiosa Vans Triple Crown of Surfing, um título que muitos consideram como o mais importante a seguir ao título mundial. A vitória teve um valor especial para este surfista brasileiro, que chegou ao Havai em sério risco de não se manter no Championship Tour. Distante do “cut” no circuito CT e no limite no QS, Mendes foi 5º em Haleiwa, 2º em Sunset e não só se garantiu no tour no próximo ano com alguma segurança como chegou a Pipe na liderança da Triple Crown. Um 9º lugar acabou por ser tudo o que precisava para receber esta “cereja no topo do bolo”, sendo apenas o segundo brasileiro a conseguir o feito.

Outro “monstro” na temporada havaiana foi Joan Duru, que ficou a 0.3 pontos de conseguir manter-se na elite do surf mundial pelo QS mas compensou em Pipeline, com um incrível 5º lugar. Infelizmente o seu “streak” de bons resultados, que começou com um 2º lugar em Portugal, custou a vaga a Frederico Morais, que acabou em 23º no ranking, ficando de fora por apenas um lugar. Por definir está ainda o dilema das vagas atribuídas aos surfistas que estiveram lesionados ao longo do ano, uma decisão que será oficializada nos próximos dias mas, ao que tudo indica, serão atribuídas a John John Florence e Kelly Slater. Mais novidades sobre este tema em breve…

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