Com a derrota de Julian Wilson nos quartos de final, Gabriel Medina ficou com fortes hipóteses de se sagrar campeão mundial em águas portuguesas. Para isso “apenas” precisava de vencer a prova mas o seu novo percurso começava com um dos adversários mais difíceis de sempre sua carreira, Ítalo Ferreira. De facto até este ano Medina nunca tinha batido o seu conterrâneo, um desafio que superou pela primeira no Tahiti Pro Teahupoo.

Antes do heat Gabriel avisou que o heat seria um “airshow” e não podia estar mais correcto. Os dois trocaram grandes aéreos e a 5 minutos do fim Ferreira precisava de uma nota de 7.51 para passar para a frente. Uma esquerda foi tudo o que precisou para fazer um aéreo reverse full rotation que lhe garantiu a melhor nota do dia, 9.3, e automaticamente adiou a disputa pelo título para o Havai. Gabriel ainda teve algumas oportunidades mas nada com potencial para virar o heat.

Seguiu-se o heat de Owen Wright contra Joan Duru, uma bateria que decidia o segundo finalista. O francês, que antes desta etapa ocupava a 33º posição no ranking, vinha a derrotar candidatos ao título desde o round 3, e Owen, apesar de não estar na disputa, teve o mesmo destino. O backside de Duru estava on point e apesar de Wright ter feito um bom tubo acabou derrotado.

Na final ambos se mantiveram fieis às suas estratégias, Joan apostou nas direitas um pouco a sul do palanque e Ítalo foi para as curtas esquerdas, que proporcionavam algumas “rampas” para fazer os seus aéreos. Duru foi o primeiro a pontuar bem, repetindo o surf que usou para obter uma nota 7, muito semelhante à que fez para eliminar Wilson poucas horas antes. Mas o dia era de Ítalo Ferreira, que aterrou vários aéreos abusados para recuperar a liderança e vencer a sua 3º prova do ano. Mesmo com a vitória, mais uma que Medina, Toledo e Wilson, Ferreira não mantém a sua posição no top4 do ranking mas não segue para o Havai na disputa pelo título.

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