Fernando continua pela África do Sul e antes de arrancar para Jeffreys Bay partilhou o seguinte connosco…

Domingo, dia 9, tive um dia em grande! Graças a um post que pus no facebook antes de vir viajar, arranjei uma data de contactos de pessoas espalhadas pelos vários sítios onde por onde vou andar. Um dos contactos foi de um sul-africano chamado Simon, que como não estava cá, me deu o contacto de uma amiga dele, a Cindy. Combinei com ela ir a Cape Point, o parque Nacional onde está o Cape of Good Hope, Cabo da Boa Esperança.

Cabo da Boa Esperança, como sabemos, foi o Cabo que Bartolomeu Dias conseguiu pela primeira vez na história ultrapassar, que divide o Oceano Atlântico do Oceano Índico, e que permitiu a Portugal navegar até à Índia, tendo acesso à riqueza daquele país.

No Cape Point, são inúmeras as referências a Bartolomeu Dias e a Vasco da Gama, e a maioria das pessoas em Cape Town sabem bem quem são, de onde são e o que fizeram. É um orgulho ver Portugal com uma presença forte tão longe.

São, aliás, várias as referencias a Portugal espalhadas por toda a cidade de Cape Town. Desde restaurantes Portugueses, a negócios com nomes em Português, a barcos Turísticos ou até Praias chamados Dias e Da Gama. Quanto à presença de Portugueses, notei pouco, mas mesmo assim conheci alguns, acho que 5, durante a semana que estive aqui.

O Cabo da Boa Esperança é bonito, mas podia ser o Cabo da Roca em Sintra. A única coisa que interessa ali é o facto histórico e saber o que aquilo representa. No caminho encontrámos Avestruzes e Babuínos a andar na estrada como se nada fosse, foi uma risada!

À noite fui com a Cindy e com o grupo de amigos dela ao concerto do Kendrick Lamar, para quem não sabe é um cantor de Rap, dos meus preferidos hoje em dia.

No dia seguinte foi a vez de ir visitar a Robben Island, onde está a prisão em que o Nelson Mandela esteve preso durante 22 anos. É um dos pontos mais turísticos da cidade, o que normalmente não é bom, mas vale a pena para sentir o lado emocional de estar na cela onde um dos homens mais influentes da história viveu durante tanto tempo, e onde começou o fim do apartheid. Gostei muito de ir, principalmente pelo facto de a visita ser guiada por um ex-prisioneiro. No meu caso, era um ex-prisioneiro político que lá esteve 8 anos, um dos quais com Mandela.

A ilha fica a 7km de terra, e apenas um homem conseguiu fugir, enquanto serviu de prisão.

Para ir à Robben Island, é preciso apanhar um barco que demora 1 hora, a partir da Waterfront. A Waterfront é uma zona recém construída, junto à água, parecida com o parque das nações, mas MUITO mais  bem planeada e mais agradável de estar.

Terça feira foi dia de ir tentar novamente fazer o mergulho com os tubarões, desta fez foi absolutamente espectacular!

Tudo correu bem, a água estava transparente, e os tubarões finalmente decidiram aparecer.

Estive cerca de uma hora dentro da jaula, e durante esse tempo vi 8 tubarões, cada um passou durante pelo menos 3 minutos. Foi incrível!

Esta foi uma das melhores experiências que tive na vida. Nunca imaginei que ia poder estar assim tão perto de um tubarão branco. Sem dúvida uma experiência que vale a pena ter e não podia estar mais contente de ter tido a oportunidade de repetir depois do azar da primeira tentativa.

Na quarta, fui fazer outra actividade, chamada Kloofing. Kloofing consiste na mistura de 3 desportos diferentes: caminhada, rappel e escalada/saltos de rochas. Fui com um grupo de 8 pessoas, de várias nacionalidades, principalmente Ingleses e Americanos.

O dia começou com uma longa caminhada de 2 horas pelo mato até um ponto onde aconteceu o rappel: um vale com 60 metros de altura no meio de umas montanhas espectaculares e imponentes. Estava com grandes expectativas para este dia, e não me desiludiu!

O rappel intimidou-me um bocado, e olhando lá para baixo e ver as pessoas de 60 metros de altura, fiquei com um bocado de medo (principalmente porque estou em África, e nunca se sabe se as coisas são seguras como seriam na Europa). Mas fiz e foi incrível.

A segunda parte do dia foi ainda melhor, pois consistiu basicamente em passar a tarde num lago, a saltar de rochas. Primeiro começámos por uma rocha de 6 metros, seguida de uma de 7 metros, depois 10 metros e aí seguimos para a que tinha 14 metros, que era muito, muito intimidante. Até aí, a maior rocha que tinha saltado era de 10 metros, esta era gigante!

Depois de saltar a de 14, achei que já não ia conseguir saltar maior, mas estava com tanta pica que fui ver se conseguia saltar a de 18. Demorei uns 10 minutos a conseguir ter confiança, mas depois de respirar fundo e rezar um bocado finalmente lá consegui saltar! Foi absolutamente incrível!! Não sei é se vou conseguir repetir alguma vez…

Agora estou de partida para Jeffreys Bay, onde vou poder fazer um pouco de Surf. Depois vou conhecer a Garden Route, estrada que liga Cape Town a Port Elisabeth (centro da África do Sul, na Costa) que dizem que é incrível!

Acompanha a viagem de Fernando Costa pelo mundo em http://portugalaroundtheworld.blogspot.pt/

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