A 3ª edição da ONFIRE, lançada em Maio de 2003, foi considerada pelo staff da mesma como a pior da história da revista em muitos aspectos.

Depois de duas edições sólidas de conteúdo e design, a seguinte teve a pior capa, com o pior layout, poluída com uma expressão caricata e sem contexto (“quanto mais boas melhor”).  Foi nesta edição que surgiu a primeira surf trip de sempre da revista, que teve direito a um conflito bem aceso entre fotógrafo e surfistas e o resultado era visível na fraca qualidade das imagens. Se houve algo quase salvou a edição foi a primeira entrevista de fundo a Nuno Jonet, um surfista que se tornou numa das primeiras referências do surf nacional.

Mas o que ficou para a história foi o primeiro artigo realmente polémico, “Os 25 mais influentes” do nosso país. Polémico pois, como seria de esperar, o número era limitado para a quantidade de pessoas que mereciam estar ou, em alguns casos, achavam que mereciam constar nesta lista, o que originou alguma pressão sobre o núcleo duro da revista, que foi algo perdoado por ser tão recente e “verdinho”.

Os nomes que destacámos no artigo original foram os seguintes…

Empresários/representantes de marcas de surfwear:
– Paulo Martins – Despomar;
– Luís Falcão – Quiksilver;
– Jorge Feist – O’Neill;
– José Farinha & Miguel Oliveira – Rip Curl;
– José Augusto – Lightning Bolt;
Notável omissão:
Rico Moser – Aura;

Empresários ligados à construção de pranchas de surf:
Álvaro Costa – Pólen;
Nick Urichio – Semente;
Notável omissão:
Miguel Katzenstein – Semente;

Surf Média:
– João Valente – Revista SurfPortugal;
– Graça Afonso – Revista SurfMagazine;
– Henrique Balsemão – Portugal Radical;
– Rony Carrari – Disk Surf/Beachcam;

Surfistas*
– Nuno Jonet;
– Paulo Inocentes;
– Almir Salazar;
– João Alexandre “Dapin”;
– Patrícia Lopes;
– Rodrigo Herédia;
– João Antunes;
– José Seabra;
– Marcos Anastácio;
– José Gregório;
– Tiago Pires;
– Justin Mujica;
Notável omissão:
– Bruno Charneca e Ruben Gonzalez;

*Nem todos os membros deste grupo foram seleccionados pela sua expressão como surfista, tendo alguns acrescentado algo ao surf português em outras fases das suas carreiras.

Entidades
– FPS;
– ANS;

Em todas as categorias existem nomes que se mantêm relevantes até aos dias de hoje, e outros que não tanto. No entanto uma nova lista, lançada em 2020, teria garantidamente os seguintes nomes:

Surfistas:
– Frederico Morais, Vasco Ribeiro e Nicolau Von Rupp;

Organizadores de eventos:
– Francisco Spínola, Iko Teixeira e Francisco Rodrigues;

E ainda:
-David Raimundo, pelo seu papel como seleccionador nacional e dono da escola de surf mais expressiva da sua época, em sociedade com Nuno Telmo;
– Carlos Pinto pela sua expressão como fotografo;
– Miguel Pedreira como jornalista/comentador;

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Comentários

4 comentários a “Os 25 mais influentes, o primeiro artigo polémico da ONFIRE”

  1. Pêpê Carrasco diz:

    Faltas inadmissiveis: 1 Antero, primeira publicação escrita com artigos sobre surf ainda antes da Surf Magazine, o Noticias do Mar ,e que ainda continua nas bancas, fundou o primeiro clube de surf Nacional, surfing clube de Portugal, fundou a federação Portuguesa de Surf. 2 João Rocha, organizou e venceu o primeiro Campeonato Nacional 1977, organizou o primeiro campeonato internacional em Portugal., começou a tentar institucionalizar o surf, criou a primeira escola de surf em Portugal , 3 Vinicios, transformou o surf num desporto a sério, profissionalizou a federação e lançou as bases do que é o desporto agora.

    • O termo inadmissível é relativo neste caso, basta ler e “absorver” este artigo. Mas sem dúvida que são excelentes sugestões Pépé. Um abraço e boas ondas ( ;

  2. Pêpê Carrasco diz:

    Falta, no. Minimo o primeiro surfista moderno (com surf moderno, air tricks, 360,etc) De Portugal, Luis Narciso..