Um dos heats mais esperados do round 2 do Moche Pro Portugal Presented by Rip Curl era logo o primeiro. Nessa bateria líder do circuito mundial tinha pela frente Francisco Alves, um júnior português que tem dado que falar tanto no nosso país como na Europa. Foi um heat com condições difíceis e mesmo tendo perdido o surfista da Caparica representou muito bem o nosso país. Pouco depois a ONFIRE fez-lhe algumas perguntas para saber como tinha sido a experiencia.

Terminou há pouco o teu heat do round 2 contra o Mick Fanning, como correu?
Comecei um bocadinho devagar no entanto sabia que ia ser um heat difícil e se não apanhasse as ondas boas não ia conseguir ganhar. O Mick foi ganhando o seu ritmo e todos sabemos que ele é o número um do ranking e é fácil para ele fazer notas em ondas piores. Mais para o fim comecei a ganhar o meu ritmo mas já foi tarde e não consegui apanhar as ondas que precisava para atingir os scores que queria. No entanto estou muito contente por fazer parte deste evento, estou contente pelo Frederico (Morais) por ter ganho ao Kelly Slater, espero que o Mick seja campeão e para acabar quero agradecer ao público pelo apoio e à Rip Curl pela oportunidade.

A pressão foi maior por já se terem passado alguns dias entre o primeiro e segundo round, ou seria igual se o heat tivesse sido realizado logo no primeiro dia?
Acho que fiquei tranquilo, só voltei a ter ansiedade mesmo no dia que é quando começas a ver as pessoas todas a chegar e a ficaram preparadas para o campeonato começar e é quando começam a haver mais questões na cabeça.

O Mick Fanning é uma pessoa que hoje em dia já conheces bem?
Ao longo deste campeonato fomos falando sempre, por causa dos “calls” e ainda na sessão de autógrafos. Ele é uma excelente pessoa, um grande atleta e um dos melhores competidores de sempre.

Sentiste alguma pressão de potencialmente estares a eliminar o candidato ao título da marca que te patrocina? Isso entrou na tua cabeça?
Não, isso não tem nada a ver, acho que se outro da equipa tivesse calhado com ele iria dar o seu melhor também. Acho que se tivesse ganho eles iam ficar contentes por mim à mesma mas não foi isso que aconteceu. Esse “se” era um “se” muito grande, ele está a caminho de um título mundial e só devemos é dar-lhe os parabéns.

O que retiras destes heats no WCT?
Acho que não é só nos heats, acho que se aprende em tudo. Só o facto de estar no meio dos melhores do mundo tanto tempo e surfar com eles todos os dias é uma constante aprendizagem. O Gabriel Medina esteve comigo estes últimos dias e ajudou-me bastante. Eu já o conhece desde os 12 anos, é uma excelente pessoa, um dos melhores surfistas do mundo e estou sempre a aprender com ele na água.

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