A WSL da atualidade foi umas das primeiras entidades desportivas a avançar com a igualdade de prize money entre homens e mulheres, uma medida que se tornou efetiva desde 2019.
Mas o surf profissional dos anos 90 não era um desporto de grandes igualdades. O circuito feminino, ao contrário da atualidade, era pouco expressivo, andando um pouco “a reboque” do masculino, com ondas e prize money muito inferiores. Que o diga Pauline Menczer, que em 1993 venceu três etapas do circuito mundial e sagrou-se campeã mundial, mas os 30k dólares que juntou em prize money durante a época mal chegaram para pagar as despesas do tour.
A título de comparação, o valor que recebeu, ajustado à inflação até 2019, equivaleria a algo como 53.1k dólares, enquanto que a campeã mundial desse ano, Carissa Moore acumulou o valor de 466k dólares, só nessa na temporada de 2019.
A história de Pauline Menczer foi relembrada durante a produção do documentário “Girls Can’t Surf”, um filme sobre o tour feminino nos primórdios do surf profissional, e originou uma iniciativa no site gofundme para atribuir um prize money mais digno do seu impacto no desporto. O objetivo de 25k dólares foi superado rapidamente e, neste momento, já conta com 915 doadores e um total de quase 55k dólares.
É caso para dizer que a justiça tardou, mas não falhou com Pauline Menczer. Ainda podes contribuir para esta causa através deste LINK!
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