Na sua quarta final consecutiva na Liga MEO Surf, Miguel Blanco finalmente se estreou no primeiro lugar. Foi um percurso longo até finalmente levantar a taça num circuito onde é destaque desde os seus 14 anos. Agora, com 22 anos, Miguel é um dos grandes nomes do surf nacional e parece estar em vias de dar mais um grande salto na sua carreira. A ONFIRE falou com ele para saber um pouco mais sobre a sua prestação nesta etapa e o que podemos esperar num futuro próximo…

Acabaste de vencer a primeira etapa da Liga pela primeira vez, como te sentes?
Estou muito feliz por ter vencido uma etapa, foi bastante especial ter sido em Ribeira porque, na verdade, era uma onda que eu nem gostava muito há 1 ou 2 anos atrás. Fui gostando aos poucos e aprendendo a surfar a onda e a verdade é que acabei por ganhar o meu primeiro nacional lá.

O título da Liga é um objectivo importante para ti neste momento?
Na verdade não é a minha prioridade, mas se tiver oportunidade de lutar pelo título, quero estar na luta. Infelizmente não vou poder estar em uma das etapas, vou estar no Chile, mas claro que quero lutar pelo título nacional.

Entraste no top50 do QS pela primeira vez, que oportunidades esta posição te proporciona?
Com o meu 5º lugar na Martinique consegui chegar ao top50 e claro que o meu objectivo até ao final do ano é estar nos “primes” do Havai.

Ao longo dos anos já tinhas ficado muito perto de vencer etapas, o achas que te estava a faltar para quebrares esta barreira?
Foi a minha quarta final consecutiva, estou muito feliz por esta ter ganho, foi muito fixe por ter sido com o Gony (Zubizarreta), que além de ser meu team manager é um grande amigo e para mim é dos melhores surfistas em Ribeira D’Ilhas. Acho que não faltava nada, o tempo ia chegar, não era uma questão de “se”, era “quando”, e foi desta que aconteceu, foi desta que tinha de acontecer.

Fala um pouco das condições durante esta prova…
Foi um campeonato bastante atípico, o mar esteve bem grande. Portugal tem estado a receber ondulações gigantes de Oeste sem parar e havia ali uma pequena janela em que realmente parecia que dava para fazer campeonato. E foi o que aconteceu, não deu sexta-feira deu porque estava muito grande, sábado foi um bom dia de surf, deu altas ondas e fizeram bastante campeonato e depois domingo foi só finals day, com o mar a subir ridiculamente. Cada set que entrava era maior que o outro e o campeonato acabou em condições bem extremas. Se não tivéssemos jet ski rescue nem dava para acabar o campeonato.

Como celebraste esta vitória?
A celebração foi tranquila, fui jantar com o pessoal do campeonato que tinha estado nessa semana aqui na Ericeira, beber uma cerveja tranquilo. No dia a seguir ia dar ondas boas e ia acordar bastante cedo, não deu para fazer muita coisa.

Tens lançado vídeos muito fortes de free surf. Fazer um percurso longe das competições é algo que em algum momento estiveste a ponderar?
Gosto muito do free surf, apanhar ondas boas é realmente o motivo de eu fazer surf. Mas quero estar sempre ligado à competição, é algo que eu também gosto e tenho talento e possibilidade de fazer bons resultados. Portanto claro que me quero dar bem em competição e não vou deixar de fazer o QS e, se Deus quiser, um dia qualificar-me para o CT.

 

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