Terminou hoje a primeira passagem da WSL pelas águas de Santa Cruz, com ondas sólidas para as fases finais.
A prova começou com a categoria feminina e de imediato Carol Henrique mostrou-se muito superior à sua adversaria, Maddi Aizpurura. A líder da Liga MOCHE estava com um grande aproveitamento nas direitas, que eram predominantes nesta altura, pontuando forte com grandes snaps e batidas.
Mas logo no heat seguinte viu-se que tinha uma adversária à altura em Garazi Sanchez Ortun que abusava nos reentries a soltar muita água, garantindo também um lugar na final sobre Emily Currie.
Seguiram-se as meia finais masculinas que começaram com um confronto de goofies, Andy Criere contra Tom Cloarec. Tom foi o primeiro a descobrir uma esquerda, que agora rolava na direcção do palanque, mas foi Andy quem realmente capitalizou nesse pico. Grandes batidas, snaps a projectar muita água e finalizações fortes, tudo na mesmo onda, aliás, em duas ondas consecutivas, garantiram a final a este francês mas o heat não acabava sem mostrar que o seu backside estava ao mesmo nível e garantir assim mais uma onda excelente.
Zé Ferreira e Jorgann Couzinet, no heat seguinte, não apostaram no mesmo pico mas sim na direita ligeiramente mais a norte, que tinha também uma curta esquerda. Ambos demoraram a encontrar ritmo mas a menos de metade do heat Couzinet parecia estar em vantagem com o seu surf progressivo, e quando aterrou um aéreo reverse garantiu uma nota sólida, 6.83. Logo de seguida Zé respondeu com uma direita cheia de manobras mas que, por nenhuma ser muito explosiva, recebeu 1.5 abaixo da onda de Jorgann. No entanto Ferreira conseguiu a prioridade e pouco mais tarde fez bom uso dela, quando o surfista da Ilha Reunião arrancou na mesma onda e acabou por receber uma interferência. Logo de seguida o português tratou de fazer um back up que lhe garantiu passar o score de 10 pontos, deixando o seu adversário sem hipóteses de seguir para a final. Já no fim do heat, Zé mostrou o que consegue fazer quando está sem pressão e quando completou um reentry de backside numa secção pesada recebeu uma nota excelente, 8.27.
A final feminina trocou de líder algumas vezes mas no fim Carol ficou a precisar de menos de 5 pontos para vencer, algo que não aconteceu. Mesmo assim a surfista luso-brasileira está de parabéns, não só por ter feito a sua primeira final mas pelo ano competitivo que está a ter!
Seguiu-se a final masculina e infelizmente não foi uma bateria boa para Zé Ferreira. Os dois estavam no mesmo pico mas Andy apanhou duas ondas que abriram e foram muito bem aproveitadas enquanto que as do português não tinham grande potencial. Andy Criere foi o grande campeão do Santa Cruz Pro 2016 mas para o surfista do Guincho também foi um grande campeonato, que lhe permitiu subir 13 posições no ranking e muito provavelmente competir nas próximas provas QS 10.000.
Comentários