Depois de um dia sólido de competição o EDP Billabong Pro Ericeira começou cedo, e com ondas ainda melhores que no dia anterior. O metro e meio nos sets do dia anterior transformou-se em dois metros, com alguns (raros) sets maiores, condições de gala para uma prova de 10.000 pontos a contar para o ranking QS masculino.
Oito dos nove competidores do Championship Tour que competiram no primeiro dia foram eliminados, sendo o francês Joan Duru o único sobrevivente da elite do surf mundial. Ítalo Ferreira, que foi vice-campeão mundial júnior na última vez que competiu aqui, parecia estar pronto para se juntar à estatística pois, perto do fim, era segundo atrás de Lucas Silveira, com Michael Dunphy em terceiro a precisar de apenas 3.68. Felizmente, para ele, o norte-americano não conseguiu apanhar mais qualquer onda e Ferreira sobreviveu ao round 2.
Na bateria seguinte o ex-top do CT Stu Kennedy começou com duas ondas muito fortes e depois de levar com um set na cabeça foi levado pela corrente em direcção ao Reef. Quando voltou ao pico Chris Zaffis, um surfista pouco conhecido mas que está a competir no seu 14º QS do ano, estava em primeiro com notas de 8.67 e 7.33. Na mesma bateria estava (quase local) Kanoa Igarashi, que logo no primeiro minuto fez uma onda de 6.67 mas ficou o resto do heat à procura de outra nota forte e foi eliminado.
Frederico Morais estava no heat 14 do round 2 contra o surfista que lhe “roubou” o prémio de rookie do ano na WSL em 2017, Connor O’Leary, e ainda Nicholas Squiers e Eithan Osborne. Foi o português o primeiro a surfar, numa onda do set onde encaixou várias rasgadas, um floater numa secção pesada e uma boa finalização para receber 7.67 pontos mas também Squiers e O’Leary abriram bem, com notas de 6.9 e 6.33 respectivamente. Connor entretanto passou para a frente com uma nota igual à anterior, até Frederico receber uma nota de 6.8, numa onda um pouco mole mas bem surfada, a 12 minutos do fim, voltando para a liderança do heat. A situação não mudou mais e tanto Kikas como Conner avançaram para a fase seguinte.
A partir do round 3 Frederico começa a pontuar, deitando fora uma pontuação de 650 pontos para substituir por, pelo menos, 1000 pontos. No entanto é a partir do round de 16 que estão os pontos que lhe interessam para chegar ao Havai numa situação confortável.
Kikas terá como adversários Chris Zaffis, Keanu Asing e Peterson Crisanto, que fui o um dos poucos que conseguiu escapar à “maldição” do CT, passando a sua bateria em segundo lugar atrás de Sheldon Simkus. Já Jadson André, Griffin Colapinto e Jack Freestone não tiveram a mesma sorte, e foram eliminados nas suas baterias de estreia.
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