Seria de esperar que todos os grandes surfistas conseguissem a alguma altura qualificar-se para o CT, mas nem sempre acontece. A ONFIRE seleccionou 5 surfistas de quem se esperava a qualificação e, apesar de terem ficado perto, nunca conseguiram!

Marcondes Rocha

Se Binho Nunes, na década anterior, fazia parte de um dos mais prometedores trios de sempre no seu país, Marcondes Rocha fazia parte de um “quarteto” impressionante. Ao seu lado Rocha tinha Raoni Monteiro, Bernardo “Pigmeu” Miranda e Marco Pólo. Todos eles, excepto Rocha, acabariam por entrar no Championship Tour mas no caso de “Pigmeu” e Pólo, seria apenas por um ano. Raoni esteve no tour 7 anos, mas há quem diga que o mais talentoso era Marcondes. Este goofy surfava com uma velocidade fora do normal e tinha como trademark as suas curvas apertadas e radicais. Rapidamente o seu surf ficou conhecido a nível mundial como um daqueles surfistas que mereciam estar no Championship Tour. Esteve perto de ser campeão mundial júnior da ISA por duas vezes, tendo ficado em 4º lugar em 1998 e 2º em 2000. No QS só venceu uma vez mas foi logo uma etapa 5 estrelas e fez várias finais. Infelizmente nunca conseguiu fazer um ano forte de ponta a ponta e ao fim de quase 10 anos no tour acabou por abandonar o tour. Actualmente Marcondes é visto regularmente a surfar na Praia do Francês, em Alagoas, mas a sua carreira como surfista profissional chegou ao fim há vários anos.

Clay Marzo

Clay Marzo foi durante anos um dos mais mediáticos surfistas do mundo e apesar de não ter ficado verdadeiramente perto o que é certo é que mostrou potencial para o fazer. Quando competia na NSSA, contra os melhores surfistas dos EUA, Clay vencia regularmente, e foi o primeiro surfista na história do circuito a fazer duas notas 10 em apenas um heat, mais especificamente, uma final. Quando fez a transição para o QS havia alguns desafios a nível de concentração nas provas mas mesmo assim, conseguiu uma vitória e outra final nas poucas etapas que disputou. Em 2008 saiu o seu filme de assinatura, “Just Add Water”, que “pintou um novo quadro” sobre este surfista. O filme, em estilo documentário, focou-se muito no seu free surf, em entrevistas dos melhores surfistas do mundo a falar sobre Marzo e na sua condição. Aparentemente Clay tem uma forma de autismo, Aspergers, o que justifica não só a sua mestria dentro de água como a dificuldade de se relacionar com os seus pares e obedecer às regras da sociedade. O awareness da sua situação deu-lhe carta branca para se focar apenas onde brilhava mais, no free surf. Infelizmente, ao fim de poucos anos, foi despedido da marca que o patrocinava desde pequeno, a Quiksilver e só recentemente voltou a ter o bico da prancha preenchido. Hoje em dia Clay Marzo perdeu muito do seu mediatismo, apesar de apresentar um estilo de surf único e impressionante, algo que, possivelmente, poderia ter brilhado também no championship tour.

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