Foi um dia magro de competição… pelo menos para os homens!

Com apenas três heats por realizar no caso do masculino, todas as atenções dos portugueses estavam viradas para o último heat deste fase pois era neste que o único português na elite do surf mundial, Tiago Pires, competia, contra o australiano Kai Otton. As ondas voltavam a apresentar-se com um metro perfeito, estando novamente as longas direitas a rolar e a pedir power surf e surf performance.

Antes do heat de Pires, Sebastien Ziets eliminava Mitch Crews e, logo de seguida, o surf aéreo de Toledo mandava o surf power de Melling mais cedo para Portugal. De referir que foi na sua última onda, a 15 segundos do fim, que o brasileiro, depois de encaixar uma série de carves e pauladas, terminou com um aéreo reverse para garantir que o júri lhe dava a nota que necessitava para passar para o round 3.

E chegávamos ao heat que todos aguardávamos: Tiago Pires vs Kai Otton. O australiano usou o seu poderoso e vertical backside ataque para garantir duas notas de 6.50 pontos, deixando Pires a perseguir uma magra nota de 7.51 para vencer. Infelizmente, o português mostrou alguma dificuldade em lidar com a última manobra o que lhe acabou por custar o heat. Na sua primeira onda a contar para o seu score final, um 5.5, depois de quatro manobras power (que variaram entre carves e pauladas), Pires caiu no último reentry o que facilmente lhe daria, no mínimo, um ponto a mais.

Na sua segunda melhor onda o português já não vacilou na finalização mas a onda não lhe permitiu encaixar a sequência de manobras que as melhores ondas permitiam, e o seu score acabou por não ser suficiente. Faltavam ainda alguns minutos e Tiago teve ainda mais uma hipótese mas a onda só lhe permitiu um carve e uma rasgada poderosa. Pires foi assim eliminado do Quiksilver Pro France 2014, o que significa que terá de ter bons resultados em Portugal e Hawaii caso queira requalificar-se pelo WCT em 2015.

No seu Facebook, o português, apesar da derrota, mostrou-se entusiasmado por ir competir em Portugal: “Obrigado a todos pela força!
Hoje não foi um dia bom mas há muito mais para vir! Estou cheio de vontade de competir em Portugal e de poder contar com o vosso apoio “in loco”! Abraço.“, comentou.

Logo de seguida entraram as raparigas e Tyler Wright “despachou” a francesa Johanne Defay enquanto Courtney Conlogue mandava Carissa Moore para a sua “maison” francesa para começar a fazer malas e guiar até Portugal, uma vez que é já no dia 1 que começa, em Carcavelos/Guincho, a próxima etapa do WCT feminino.

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Wright defrontou assim Conlogue na grande final e a verdade é que a irmã de Owen Wright não deu uma única hipótese à sua adversária. A surfar com muito power para a direita e mostrando que as raparigas também sabem voar, a australiana abusou dos carves de rail, lay backs com um toque de John John Florence e “brincou” ainda aos slob e aéreos normais. O resultado foi o momento mais “gordo” do evento, com Wright a ter como melhores duas ondas um 9.50 e um 9.70 mas a descartar ondas como um 9.00 e um 9.03, ondas essas que só por si já dariam para vencer.

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Wright fica assim com duas vitórias tal como Fitzgibbons, Gilmore e Moore. Com este resultado Wright foi catapultada para o segundo lugar do ranking, que continua a ser liderado por Fitzgibbons, estando Gilmore em terceiro e Moore em quarto. E isto só mostra o quanto importante será a etapa em Portugal, o Cascais Women’s Pro, pois o título mundial feminino pode ir para qualquer uma das quatro e sendo em Portugal que aconteçe a penúltima etapa não é preciso dizer muito mais…

Iniciou-se também o round 3 dos homens mas apenas se realizaram os quatro primeiros heats. Fanning e Atkinson batalharam que nem uns titãs um contra o outro mas foi só a cerca de cinco minutos do final que se realizou a troca de ondas fatídica para Atkinson. Este necessitava de um score alto para passar para primeiro e arrancou na primeira direita do set disferindo uma sequência de carves e pauladas poderosas e acabando com um bom aéreo reverse. Ninguém duvidava que seria a nota que precisava mas quando acabou a sua onda, Atkinson olhou para trás para ver Fanning a dizimar por completo mais uma longa direita, encaixando poderesos carves com tail para a frente, entre pauladas e um reentry poderoso na junção. E foi essa onda que garantiu a Fanning um lugar no round 4.

Kolohe Andino eliminou Fred Patachhia, e logo de seguida acontecia um dos upsets do dia com a eliminação de um title contender (apesar de ser muito díficil), Michel Bourez. Este foi mais um heat magro e onde Bourez apenas fez duas ondas e não conseguindo somar mais do que um 5.60. Entretanto Wilko aplicava floaters e tracadas de backside para se garantir no round 4 e aumentar assim as suas hipóteses de requalificação.

John John Florence eliminou ainda Sebastien Zietz sendo de seguida o evento parado e antes dos heats mais importantes, o de Medina e o de Slater. Assim, caso o evento recomeçe amanhã, segunda-feira, logo o segundo heat do dia irá defrontar Medina com Flores. O primeiro necessita vencer para acimentar mais a sua grande possibilidade de conquistar o seu primeiro título mundial, enquanto Flores, que está num anoc ompletamente atípico, necessita de passar o heat para se tentar garantir, imagine-se, no WCT em 2015.

Logo de seguida Slater defrontará o perigosissímo Travis Logie (principalmente se o “palco” forem novamente as direitas), e nomes como Wrigth, Toledo, de Sousa, Burrow, Smith, Wilson ou Parko entrarão depois na água.

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