Há menos de um mês entrevistámos Tomás Fernandes devido ao seu resultado no Sumol Porto Pro. Na altura não podíamos deixar de perguntar quais eram as suas expectativas para a etapa que se realizava no seu “quintal”, Ribeira D’Ilhas. Apesar da sua modesta resposta era visível que este surfista esperava muito desta etapa, e durante o Allianz Ericeira Pro by O’Neill concretizou mais um objectivo. A ONFIRE conversou com o actual número dois do ranking um pouco depois da final para saber como se sentia com a sua primeira vitória na Liga MOCHE.
Como te sentes com esta vitória?
Não tenho palavras ainda, é óptimo, ainda por cima com os atletas que a Liga tem como Frederico Morais, Vasco Ribeiro e Francisco Alves, que são dos melhores surfistas da Europa da idade deles. Infelizmente o Francisco e o Vasco estiveram ausentes da prova e o Frederico, que era um dos grandes candidatos à vitória, perdeu cedo.
Agarraste a liderança do heat a meio da final, como foram os últimos minutos?
Só queria que o tempo passasse e que entrassem o mínimo de ondas possíveis (risos), o Zé Ferreira estava a ter uma prestação excelente e a qualquer minuto podia ter virado o resultado.
O que vais fazer com os 2.500 euros que ganhaste?
Vou apostar na minha carreira, viajar e pagar inscrições de campeonatos!
Qual foi o heat em que te sentiste mais em forma durante o campeonato?
Talvez este último, porque as ondas estavam mesmo muito difíceis e a maré estava a mudar. Eu consegui apanhar as duas melhores, a última então, nos últimos segundos, foi um 7.5, não é uma nota excelente mas é boa.
E o mais difícil?
Se calhar foi o dos oitavos de final, o Edgar Nozes começou a marcar-me nos últimos 5 minutos do heat e eu não sei como consegui apanhar uma ondinha e fiz 5 pontos, era a nota que precisava e passei para os quartos de final.
Sendo local daqui, estás muito familiarizado com este tipo de condições?
Não, por acaso sempre que há um campeonato aqui em Ribeira as condições do mar são sempre diferentes de quando surfo cá, não sei porquê! Já surfei 1.001 vezes com este tamanho e a onda normalmente é sempre aqui no inside e neste campeonato foi sempre lá fora, não houve muitas ondas no inside.
Tinhas uma autêntica claque à beira de água a apoiar-te a cada onda. Isso deu-te mais força ou mais pressão de surfar bem?
Eram os meus amigos aqui da Ericeira, foi um bocado dos dois, pressão e motivação!
Para terminar, quando arrancaste para a última onda sabias que a vitória era tua?
Não, e não queria pensar muito nisso. O meu back up era muito baixo, só queria garantir outra boa nota pois já tinha um 7 pontos.
(As ondas da vitória)
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