Apesar de apenas ter conseguido quatro títulos em duas décadas de circuito Pro Junior Europeu, o nosso país esteve quase sempre bem representado neste prestigioso tour. No entanto, esta ano, apenas Mafalda Lopes, no circuito feminino terminou entre os 16 melhores, especificamente em 14º lugar.
Desde quando o circuito começou, no fim dos anos 90, Portugal teve regularmente surfistas no topo deste circuito. Tudo começou com Tiago Pires, Ruben Gonzalez e David Luís, três surfistas que se qualificaram para a finalíssima no Havai ou Austrália, mas ao longo dos anos muitos outros nomes, alguns já esquecidos no surf português (e outros não tanto) como Rui Sousa, Alexandre Ferreira, Francisco Rodrigues (actual presidente da ANS), Dionísio Rosário, Edgar Nozes, João Guedes, Miguel Ximenes, Filipe Jervis, Francisco Alves, Guilherme Fonseca, João Kopke, Jácome Correia, Miguel Blanco, Luís Perloiro, João Moreira e Afonso Antunes, mais uns quantos na categoria feminina.
Foi na categoria feminina que surgiu o mais recente título, o de Teresa Bonvalot em 2017, sagrando-se assim, depois de também ter vencido no ano anterior, bicampeã Europeia. Antes disso Vasco Ribeiro levou o título em 2014, Filipe Jervis foi vice em 2010 e Tiago Pires venceu em 1999.
Desde que o circuito passou de sub20 para sub18, as dificuldades dos surfistas portugueses parecem ter aumentado e apenas Teresa Bonvalot conseguiu a qualificação para o World Junior nos últimos anos. De facto, neste momento, tanto a qualificação como a disputa pelos títulos parecem bastante distantes. A prova é o facto de, este ano o melhor classificado ter sido Afonso Antunes, em 18º lugar, seguido de Joaquim Chaves (21º), Guilherme Ribeiro (28º) e Gabriel Ribeiro (32º).
No entanto, há um gap de idades entre os lusos e os restantes destaques Europeus. Vários surfistas deste top terminaram este ano as suas carreiras no categoria júnior, enquanto que muitos outros terminam no próximo ano. Enquanto isso os melhores portugueses no circuito têm pela frente mais 2 ou 3 anos de circuito, o que lhes dará tempo para evoluir mais e voltar a atacar os lugares cimeiros do circuito.
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