Depois de se ter “despachado” grande parte da prova feminina, no dia anterior, a prova masculina foi finalmente à água. E enquanto que na prova feminina as três portuguesas presentes tiveram resultados iguais (todas perderam no round de 48) os três da prova masculina tinham “sortes” diferentes.
O primeiro a entrar foi Vasco Ribeiro no quarto heat da fase de 32. Era um heat bastante acessível para o surfista da S. João do Estoril mas as suas ondas não tinham grande potencial enquanto que os seus adversários foram “crescendo” no heat, Vasco não conseguiu sair do quarto lugar, acabando a precisar de uma combinação.
Zé Ferreira e Marlon Lipke estavam nos dois últimos heats dessa fase e trataram de vencer as suas baterias com alguma vantagem para os seus adversários. Enquanto Zé “despachou” Francisco Bellorin, Ethan Egiguren e Diego Mignot, Marlon tratou de Charly Quivront, Haley Batista e Vincent Duvignac.
Já nos quartos de final os dois acabariam por entrar no mesmo heat e, mesmo com “prestações” diferentes, ambos avançaram novamente. Zé “disparou” cedo na liderança enquanto que Marlon acabaria por virar a bateria (para segundo) nas suas duas últimas ondas, eliminando assim os brasileiros Caue Wood e Bino Lopes.
A segunda meia final seria o terceiro heat em que os dois portugueses competiam juntos neste campeonato mas, infelizmente, seria também o último. Os seus adversários, Jordin Watson da Austrália e “Carlitos” Munoz da Costa Rica, mostraram um grande ritmo de surf logo desde o início do heat, terminando algumas ondas com bons aéreos reverse. Marlon parecia estar sempre a uma boa esquerda de passar para um dos primeiros lugares enquanto que Zé só apanhava ondas sem potencial.
À medida que o heat ia avançando os nossos surfistas pareciam estar a ficar cada vez mais para trás e Ferreira entretanto precisava de uma combinação. Mas Zé não deixou de acreditar e quando apanhou uma boa esquerda e a encheu de fortes batidas recebeu a nota de 9.6 e saiu da combinação. Pouco depois, a precisar de uma onda de 6.63, o português apanhava mais uma onda boa e segundo o que comentou à ONFIRE, deu “o que tinha e o que não tinha”, conseguindo mais uma nota altíssima, a liderança folgada e um lugar na final. Infelizmente Lipke não conseguiu fazer uma recuperação semelhante e acabou em quarto lugar, sétimo da geral.
Na final, contra Steven Pierson, Billy Stairmand e Carlos Munoz, Zé Ferreira conseguiu fazer a melhor onda e recebeu uma nota de 9.2. Infelizmente faltou um back up mais forte e o português acabou em quarto lugar a precisar de apenas 7.63. Steven Pierson foi o mais consistente, juntando à segunda melhor nota do heat um back up de 7.83 e assim venceu o Pantin Classic Galicia Pro. Em segundo ficava Billy Stairmand e Munoz era terceiro.
A próxima etapa é o Sata Airlines Azores Pro, uma etapa Prime onde Zé Ferreira e mais 5 portugueses vão competir! Será a terceira etapa consecutiva com um português na final?
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