Terminou ontem o regresso à competição depois de uma longa pausa na Austrália. O Tweed Coast Pro foi mais um special event da WSL que juntou muitos dos melhores surfistas do “Down Under”, e não só, no point break de Tweed Heads, em New South Wales. Os competidores foram “presenteados” com longas direita com pouca força mas alguma consistência, proporcionando bom surf ao longo de toda a prova.

No entanto os destaques do evento foram em alguns casos acontecimentos praticamente alheios à acção na água. O que realmente atraiu atenção foi o facto de Julian Wilson estar a surfar sem autocolante na prancha, uma quebra com o patrocinador de longa data que aparentemente não foi pacífica. Quando se qualificou para o CT Wilson saiu da Quiksilver para se juntar à Nike como “número 1” da equipa e quando foi “transferido” para a Hurley, para onde havia boatos de uma possível contratação de John John Florence, a sua ligação com a marca “azedou” de imediato. Fast forward uns anos para a frente, para actualidade, e o super talento aussie não só saiu da marca como iniciou um processo judicial contra o seu ex-patrocinador, alegadamente exigindo um pagamento de mais de um milhão de dólares que lhe estavam em dívida.

Em Tweed Heads “Jules” mostrou boa forma, mas foi superado por muito pouco pelo wonder grom Jack Robinson. De facto foi a geração de Jack “Robbo” que tomou conta do evento a partir daí. Connor O’Leary venceu a batalha de goofies contra Adrian Buchan, Ethan Ewing “limpou” o surfista mais alto do tour, Owen Wright, e o sul africano Matthew McGillivray despachou um pouco inspirado Mikey Wright.

A final foi completamente dominada por Ethan Ewing, um dos maiores talentos do tour mas a quem falta competitividade. Com um heat quase perfeito Ethan combinou McGillivray, deixando a esperança de que ainda poderá dar que falar no Championship Tour quando este regressar.

 

 

Na categoria feminina o destaque foi o tributo ao movimento “Black Lives Matter” pela eventual vencedora, Tyler Wright. O seu percurso esteve em risco de ser parado por Sally Fitzgibbons nos quartos de final, que fez um aéreo impressionante para sair de uma combinação baixa, mas os juízes não lhe deram uma nota excelente, o que não lhe permitiu um “comeback” de última hora. Tyler superou Nikki Van Dijk nas meias finais e Stephanie Gilmore na final, para provar que quando o tour voltar será uma das mais fortes candidatas ao título mundial.

 

Comentários

Os comentários estão fechados.