Com a derrota de Gabriel Medina no penúltimo dia de prova a sua liderança passou a estar ao alcance de vários competidores. E apesar de só um poder ocupar a “pole position”, contas feitas, Gabriel acabaria por cair 4 lugares no ranking. Mas o “estrago” podia ter sido maior pois nenhum dos mais cotados candidatos ao título chegou à final.
A grande revelação da prova foi o californiano Kolohe Andino, um dos surfistas mais mediáticos do mundo mas que mostrava dificuldades em ter resultados que se equiparassem ao seu “hype”. O ponto de viragem foi no round 5, contra Travis Logie. As ondas estavam praticamente no seu pior de toda a prova, obrigando os dois competidores a disputarem a qualificação com ondas de 3 pontos. Quando Travis usou a sua prioridade para “sacar” uma interferência a Andino tudo parecia perdido mas, perto do fim, Kolohe apanhou uma das raras ondas que davam tubos e com alguma mestria fez a nota que precisava e virou o heat. A partir daí tudo bateu certo para Kolohe, que passou a aproveitar as poucas secções disponíveis para dar aéreos com rotações quase perfeitas, usando essa técnica para eliminar Bede Durbidge nos quartos de final e Kelly Slater nas meias finais.
Slater tinha começado o dia com um nota perfeita, um pesado tubo para a esquerda que deixou o seu duro adversário, Adriano de Souza, à espera de algo que nunca apareceu. Mas contra Andino a sua vantagem desapareceu e terminou com o terceiro lugar e a liderança do circuito. Outro candidato ao primeiro lugar, Joel Parkinson, ficava pelo round 5 e nesta fase apenas Taj Burrow podia roubar a liderança de Slater.
Por sua vez Taj mostrou muito bom surf e passados poucos minutos do seu heat nas meias finais parecia ter Michel Bourez fora de equação. Até que o taitiano “acordou” e de seguida fez um aéreo reverse abusado para a direita e um bom tubo para a esquerda, seguido de uma forte paulada como “ponto de exclamação”. Burrow não conseguiu responder e acabou a etapa também na 3º posição e no segundo lugar do ranking.
A final foi dominada pelo taitiano, que assim conseguiu a sua segunda vitória do ano e da sua carreira. Michel Bourez subiu para a quarta posição do ranking mas só pode ser considerado um candidato ao título quando encontrar maior consistência. Isto porque os seus outros resultados são 13º e 25º, o que o deixa sem mais margem de erro.
Na categoria feminina Carissa Moore parecia destinada a vencer a sua terceira etapa consecutiva e assim ficar com uma liderança ainda mais “folgada”. Mas Sally Fitzgibbons mostrou mais ritmo e “roubou” a vitória, lançando-se assim na luta pelo título.
A próxima etapa será o Fiji Pro, realizado entre 1 e 13 de Junho!
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