Apesar de ser uma das ondas mais antigas do circuito, são muitos os competidores que não “apreciam” Margaret River. Por várias vezes foi colocada a questão se tinha qualidade sequer para ser uma etapa Prime e o “upgrade” a WCT só podia ter acontecido nesta fase em que o circuito já não é tão “dream tour” como no passado.
Neste quarto dia ficou patente que num dia “normal”, a onda tem pouco de “World Class”. Surfistas como Kelly Slater, Joel Parkinson, Owen Wright, Adriana de Souza, Michel Bourez e outros que nos habituaram a grandes médias pareciam ainda estar a “apalpar terreno”, vencendo confrontos pouco interessantes com notas baixas.Os “degraus” das ondas e o forte vento offshore não facilitaram a vida aos competidores e quem conseguia uma boa sequencia de manobras tinha uma vitória quase certa.
O grande destaque do dia foi um ex-vencedor desta etapa, John John Florence. O seu adversário, o rookie Dion Atkinson, fez o seu melhor, conseguindo inclusive uma nota de 8 pontos graças a uma série de boas rasgadas. No entanto essa nota acabou por “quebrar” um pouco a escala dos juízes. Isso porque Florence apanhou uma onda sólida e encaixou um potente carving, uma batida a soltar o tail, um tubo “milagroso” e um air reverse que lhe dariam uma média de mais de 10 pontos, comparando com a de Dion. Mas a escala não permite isso e com medo que John John fizesse ainda melhor, nem os 10 pontos de lhe deram. Mas ficou claro que este surfista é um dos favoritos para vencer esta etapa.
O seu próximo heat é com o seu maior adversário, e líder do tour, Gabriel Medina, no round 3. A estatística está muito equilibrada entre estes dois surfistas, Gabriel tem 3 vitórias e John John 2 em “confrontos directos”, no entanto todas as vitórias de Medina foram em heats de 3 surfistas enquanto que Florence venceu sempre nos heats man-on-man.
Outra surpresa agradável neste dia foi a performance de Sebastian Zietz que mostrou também uma excelente forma, encaixando manobras em secções difíceis, provando que pode ser o “dark horse” no evento. Quando terminou o round 2, entrou na água a prova feminina e as 4 “de sempre”, Gilmore, Moore, Fitzgibbons e Wright, garantiram presença nas meias finais.
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