Durante o Billabong Pro Tahiti de 2014, principalmente no último dia de prova, a mesma pergunta foi feita constantemente: “será este o melhor campeonato de surf de sempre?”

Mesmo veteranos do circuito como Martin Potter, Ross Williams e Mark Occhilupo não hesitavam em confirmar que, na opinião deles, este estava de facto o melhor dia de surf da história da ASP. Até que Slater os lembrou de um campeonato no México…

O Rip Curl Pro Search realizado “Somewhere in México” foi na altura unanimemente considerado como o melhor campeonato da história da ASP. Foi em 2006 que, através da “licença flutuante” da Rip Curl, o circuito passou nesta onda, depois de ter estado em Saint Leu, Ilha Reunião, no ano antes.

Não era uma onda totalmente desconhecida, muito menos um secret spot pois surfistas um pouco por todo o mundo (Portugal inclusive) já tinha passado por lá. Mas nunca tinham sido vista com ondas tão boas pois, mesmo num ano em que o circuito passou por Teahupoo, Fiji, Mundaka e Pipeline, “La Jolla” roubou o espectáculo.

Durante três dias este point break de direita quebrou com ondas perfeitas, tubos do início ao fim e surfistas a perder com notas excelentes, como foi o caso de Yuri Sodre que, mesmo com uma nota 10, acabou a prova com um 33º lugar.

Alguns dos maiores destaques deste campeonato ainda se encontram no tour hoje, foram eles Kelly Slater, Joel Parkinson, Bede Durbidge, Taj Burrow, juntando-se a alguns nomes que já estão fora como Dean Morrison, Bruce Irons, Taylor Knox e Andy Irons. Andy foi o melhor surfista do campeonato desde a primeira fase, fazendo incríveis “combos” entre longos tubos, carves e batidas em pesados lips.

No último dia de prova antecipava-se uma final (Andy) Irons VS Slater mas Taylor despachou o (na altura) 7X campeão mundial a caminho de uma final contra o havaiano. As ondas baixaram de épicas para excelentes mas os tubos já escasseavam nesta derradeira bateria.

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Na final Knox usou todo o seu power surf para garantir uma forte liderança a caminho da sua segunda vitória no WCT. Até que Andy Irons protagonizou mais um momento histórico, na forma do maior aéreo que já se tinha visto em competição até aí e ainda hoje não fica atrás dos “voos” da nova geração.

Com essa onda Andy conseguiu a vitória, juntando-lhe no fim do ano mais uma no Pipeline Masters e ainda o título da Triple Crown of Surfing. Já o campeonato manteve-se na história como o melhor, até ontem

 

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