Ondas pequenas mas com pouco vento brindaram os melhores surfistas do mundo no terceiro dia do MEO Rip Curl Pro Portugal. Mesmo não sendo condições ideais para o que se procura numa prova desta gabarito, houve muita acção na água. Fica com os destaques deste dia de prova…

Coco Ho não desbloqueou em Portugal. Passaram 10 anos desde a sua única vitória no Tour, um triunfo que aconteceu no Rip Curl Pro Search de 2009, quando o circuito passou no nosso país para o que seria uma etapa isolada e não voltou sair. Muito aconteceu no tour desde aí mas a pequena havaiana não voltou a vencer apesar de se manter no tour com alguma facilidade. Um regresso ao local onde venceu poderia ter sido o que precisava para voltar a encontrar o ritmo mas Tatiana Weston-Webb acabou com esse sonho, deixando Ho a precisar de uma nota de 9 pontos.

Carissa Moore navega na direcção de mais um título com alguma facilidade. Aconteça em Peniche ou em Maui, onde se realiza a última etapa, Carissa parece estar imparável a caminho do seu quarto título mundial. Mesmo não tendo feito a melhor média da fase, ainda nenhuma adversária ficou perto de a eliminar e é provável que nenhuma o faça antes da final.

Gabriel Medina pode ter acabado de oferecer o seu título mundial a um dos restantes top5 do tour. O brasileiro além de provavelmente ser o mais completo surfista da actualidade é também um dos melhores competidores da história do surf profissional, contando-se pelas dedos das mãos o número de vezes que fez algum erro táctico. Consta que Medina ouviu o speaker do evento a dizer que tinha a prioridade e, tendo isso em conta, tentou bloquear Caio, cometendo assim uma interferência que lhe custou o heat e provavelmente muito mais. Gabriel ainda protestou junto da WSL mas, ao que se sabe, a bateria não será repetida.

Caio Ibelli está a caminho de acertar uma conta antiga. Em 2009 Ibelli competiu numa das suas primeiras provas internacionais em França e chegou à final mas foi completamente ofuscado pelo seu adversário, Medina, que fez os 20 pontos mais famosos entre qualquer resultado de um surfista júnior. Em 2015 quase vingou a derrota no MEO Rip Curl Pro Portugal mas Gabriel virou no fim da bateria com um aéreo impressionante. Foi em Margaret River que Caio finalmente bateu o 2x campeão mundial e hoje, em Supertubos, quando tudo parecia perdido o 23º do ranking deu a volta ao resultado. Estando no limite do cut, este resultado pode salvar o seu ano, se a bateria não for repetida…

Jack Freestone pode ser o silent killer entre os últimos 8 surfistas em prova. Ítalo Ferreira, Filipe Toledo e até Kolohe Andino são os favoritos mas o parceiro de Alana Blanchard tem feito uma prova sólida. Ao longo das baterias Freestone tem mostrado um surf muito maduro e completo, com boas curvas de rail e um arsenal de aéreos que ainda não foi utilizado até ao limite mas que pode surpreender todos e levar a sua primeira vitória.

Acompanha toda a acção desta prova em directo AQUI a partir das 8:00.

Quartos de final masculinos
HEAT 1: Jordy Smith x Kolohe Andino
HEAT 2: Filipe Toledo x Kanoa Igarashi
HEAT 3: Caio Ibelli x Peterson Crisanto
HEAT 4: Italo Ferreira x Jack Freestone

Quartos de final femininos
HEAT 1: Caroline Marks x Stephanie Gilmore
HEAT 2: Sally Fitzgibbons x Tatiana Weston-Webb
HEAT 3: Carissa Moore x Johanne Defay
HEAT 4: Lakey Peterson x Nikki Van Dijk

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