O ano não está a correr bem para Jeremy Flores, e tudo começou numa onda na Gold Coast. Depois de vencer no round 1 do Quiksilver Pro Gold Coast, “Mimi” cruzou-se com Adriano de Souza, um surfista da sua geração com quem tem tido grandes confrontos desde que os dois chegaram ao tour.
Numa das melhores ondas que apanhou Flores deu um incrível carve, e quando se preparava para surfar o resto da onda, Adriano fez uso da prioridade e apanhou a mesma onda. E foi aí que tudo correu mal, por seu lado Jeremy não saiu de imediato da onda e por outro De Souza fez um certo “fade” no arranque, o que resultou numa interferência para o francês.
Umas horas depois, Jeremy criticou Adriano numa entrevista o que fez com que uma nação se virasse contra ele, ao ponto que recebeu ameaças de morte no seu facebook e email. As coisas não melhoraram nas etapas seguintes onde juntou mais 25º lugares consecutivos do que em qualquer outra fase da sua carreira.
Nos meios de comunicação franceses falava-se que Jeremy começava a mostrar desgaste e desinteresse pela competição e o que é certo é que a sua prestação em Jeffreys Bay não foi muito melhor, terminando novamente em 25º lugar. Mas foi um resultado duvidoso. Na sua bateria contra o havaiano do Kauai, Sebastian Zietz, Jeremy estava na frente quando o seu adversário fez uma onda e não arriscou muito mas mesmo assim recebeu a nota que precisava. Flores ainda respondeu com um bom tubo, mas não conseguiu sair e foi eliminado.
Revoltado com o resultado e a pontuação da última onda de Sebastian, Jeremy dirigiu-se ao contentor dos júris e “agrediu-os verbalmente”. Há quem diga que também houve algum tipo de agressão física, algo que a ASP ainda não confirmou. De imediato, o caso foi reportado à sede da ASP, onde, após uma análise, foi considerado que a sua actuação foi antidesportiva e as consequências serão uma multa de 6.000 USD e a suspensão de participar em campeonatos até 27 de Agosto de 2014.
Isso significa que não poderá participar nem na etapa Prime dos EUA, nem no WCT de Teahupoo. Há quem diga que a punição é pouco severa mas o que é certo é que a etapa tahitiana foi uma das que mais o beneficiou e, depois de muitos resultados fracos, a sua requalificação poderá estar em causa. Será um regresso ao WQS para o prodígio francês?
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