Um dia de ondas difíceis mas com muita acção abriu a prova portuguesa do Championship Tour. Fica a saber os 5 destaques escolhidos pela ONFIRE para o primeiro dia de prova…

Gabriel Medina está num daqueles momentos em que parece ser imbatível. Regularmente o bicampeão mundial começa mal o ano e vai ganhando embalo à medida que o circuito vai avançando. Apesar de ter perdido cedo na etapa anterior e de ter começado mal a sua bateria nos Super, rapidamente mostrou estar num patamar superior a qualquer outro surfista no tour. “Gabe” descobriu alguns tubos, mas foi o seu aéreo de backside que mostrou estar num nível à parte. Neste momento o seu título mundial não parece só possível mas sim altamente provável.

Kelly Slater continua a não se comportar como um senhor de 47 anos. Além de receber um apoio do público superior a qualquer outro surfista, incluindo Medina, Slater, mesmo tendo sido superado por Michael Rodrigues no fim da sua bateria, surfou ao nível de qualquer outro top10 do tour. Mais do que a experiência que acumulou numa vida passada no tour, o surf continua actual e à medida que as condições melhorem nos próximos dias também a sua prestação deverá crescer.

Os wildcards portugueses representaram bem. Ficou bem visível cedo no heat de Frederico Morais que as condições não eram as melhores para o estilo de surf dos nossos representantes, mas todos eles mostraram potencial de avançar nas suas baterias. Entre eles o destaque foi claramente Vasco Ribeiro, que surfou com muita velocidade e explosão, passando para o round 3 atrás de Filipe Toledo, mas Kikas e Blanco também tiveraam bons momentos e têm potencial de continuar a avançar.

O público não desiludiu e, apesar das fracas condições, milhares de pessoas apareceram nos Supertubos. Era de esperar que as pessoas começassem a aparecer mais perto do fim de semana mas mesmo numa quinta-feira de chuva a praia encheu e os competidores conseguiram sentir as boas vibrações de um dos melhores públicos de surf do planeta.

O circuito feminino estreou-se nos Supertubos com prestações sólidas. Com um palanque montado no Lagide, especulou-se que seria lá que se realizaria toda a prova, como aconteceu no passado, mas assim que o round 1 masculino terminou as melhores surfistas do mundo entraram na água e provaram que também conseguem dar espectáculo neste tipo de condições. Carissa Moore mais uma vez mostrou que é a melhor surfista da actualidade e, tal como Medina, pode garantir mais um título mundial em Portugal.

O próximo call será amanhã pelas 8 da manhã, acompanha tudo em directo AQUI!

Heats do round 2
Heat 1: Owen Wright x Ricardo Christie x Miguel Blanco
Heat 2: Seth Moniz x Leonardo Fioravanti x Crosby Colapinto
Heat 3: Ryan Callinan x Jesse Mendes x Frederico Morais
Heat 4: Michel Bourez x Ezekiel Lau x Soli Bailey
Prova feminina
Heats do round 2
Heat 1: Lakey Peterson x Keely Andrew x Alana Blanchard
Heat 3: Malia Manuel x Tatiana Weston-Webb x Paige Hareb

Comentários

2 comentários a “5 destaques do dia 1 do MEO Rip Curl Pro Portugal”

  1. Comentador diz:

    nao sao as condições que se têm de adaptar ao “estilo dos nossos representantes” mas sim os nossos representantes a qualquer tipo de condições. Um surfista que ambiciona estar no CT tem de ser bom em todas as vertentes da modalidade e procurar tirar partido de qualquer condição de mar nas provas.

    • É verdade Bernardo, mas todos os surfistas têm os seus pontos mais fortes e mais fracos. Este primeiro dia estava melhor para os surfistas que têm um approach mais rápido e progressivo. Os nossos estão cada vez mais completos, é uma questão de lhes dar mais espaço para continuarem e evoluir e representar cada vez melhor o nosso país…