Chegou a fim a parte mais relevante da perna australiana do circuito QS da World Surf League e pela primeira vez Teresa Bonvalot encontra-se no top16.

Apesar de não ter tido um início de ano muito forte, com um resultado abaixo das expectativas no World Junior Championship e na primeira prova de 6.000 pontos, na Flórida, a surfista de Cascais pontuou forte no seu regresso à Austrália.

5º e 9º lugares foram as suas posições nas provas de Newcastle e Manly, mas a caminhada ainda é longa se quiser entrar no Championship Tour de 2019. Tomando como referência os resultados da surfista que entrou em último lugar em 2017, Paige Hareb, que fez 2º lugar, dois 5ºs e um 17º em provas de 6.000 pontos e um 5º lugar numa prova de 3.000 pontos, fica patente que ainda será preciso fazer muitas fases finais ao longo do ano.

A fasquia poderá ser ainda mais alta em 2018 já que haverá mais uma prova de 6.000 e mais três de 3.000 pontos. Isso significa que haverá mais oportunidades de pontuar para todas as competidoras, o que seguramente aumentará o cut de qualificação.

Para conseguir a qualificação a portuguesa deverá ter a contar nos seus 5 melhores resultados 1ºs ou 2ºs lugares em provas 3.000 e (pelo menos) 5ºs lugares nas provas 6.000. O que não quer dizer que será impossível conseguir a qualificação com resultados inferiores a contar mas já a obrigará a compensar essas pontuações com pelo menos uma final ou vários 3ºs lugares nas provas 6.000.

No entanto, pelo surf que apresentou na Austrália, ficou bem visível que não falta surf para conseguir os resultados, é apenas uma questão de manter a consistência e confiança no seu talento.

Também nesta disputa estão Camilla Kemp e Carol Henrique. Carol foi a melhor portuguesa no circuito feminino em 2017 e Camilla também terminou mostrou bom surf, inclusivamente fazendo uma final na África do Sul. A próxima etapa será o Martinique Surf Pro, uma QS 3.000 realizada em Basse Point, Martinique.

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