Depois de, em 2015, a ONFIRE ter lançado a lista dos 5 melhores surfistas que nunca venceram uma etapa do Championship Tour, chegou a altura de fazer um update, com os melhores surfistas que “bateram na trave” na geração seguinte…

Kolohe Andino | EUA/Califórnia
Como é possível que o primeiro surfista da segunda geração do CT, um surfista que se qualificou aos 17 anos para o tour, manteve-se 11 anos consecutivos e chegou a liderar o circuito, nunca tenha vencido uma etapa? Kolohe, filho de Dino, que fez parte do Championship Tour nos primeiros anos deste circuito, chegou a 5 finais e 10 semi-finais, mas bateu sempre na trave. Duas das suas 5 finais foram na prova de abertura, na Gold Coast, tendo perdido por 0.54 para Matt Wilkinson em 2016 e por 0.14 para Ítalo Ferreira em 2019. Com apenas 29 anos, Andino pode ser considerado um veterano, e apesar de ter caído do tour no cut a meio de 2023, ainda tem potencial de voltar para reescrever a sua história.

Nat Young | EUA/Califórnia
Nat desde muito jovem lembrava mais o estilo de surf dos anos 90 do que o de sua geração, compensando com uma incrível competitividade e um surf de backside muito vertical e poderoso. Não foi surpresa quando se qualificou muito jovem e, logo em seu ano de estreia, fez duas finais, uma delas em Portugal, e conquistou um terceiro lugar, terminando numa incrível 8ª posição no ranking final. Nas duas temporadas seguintes mostrou que o ano de estreia não foi um acaso e, em 2015, após três etapas, duas das quais havia terminado em 3º lugar, parecia um Damien Hardman* reencarnado, de olho na disputa pelo título mundial. Infelizmente, a partir daí, as coisas começaram a desandar. Em 2016, encerrou o ano a uma vaga da qualificação, competindo como replacement várias vezes em 2017, mas com pouco sucesso. Em 2021, conseguiu a requalificação, permanecendo no tour até 2023, quando não “sobreviveu” ao cut a meio do ano e acabou por cair novamente do Championship Tour. Assim como Kolohe, Young tem chances de voltar à elite do surf mundial, mas as possibilidades de vencer uma prova são remotas.
(*O bicampeão mundial, Damien Hardman, ainda é vivo…)

Caio Ibelli | Brasil
Caio é um dos surfistas mais ofuscados da brazilian storm, em grande parte pelo maior nome da sua geração, Gabriel Medina. Foi contra Ibelli que Medina fez os 20/20 na final do Quiksilver King of the Groms, um campeonato que colocou o actual tricampeão mundial na boca do mundo. Os seus caminhos cruzaram-se mais vezes, com destaque para um heat em Peniche e outro em Pipeline, ambos envolvidos de polémica, que virou o seu país contra si. Também outro campeão do mundo, Kelly Slater, usou o seu estatuto para prejudicar o brasileiro, ficando com uma vaga de injury wildcard que era mais merecida para Ibelli que para o 11x campeão mundial. Tirando este “ruído” que o persegue, está bem claro que Caio Ibelli é um dos melhores surfistas da sua geração, com um surf de rail incrível, bons skills nos tubos e manobras progressivas. Ao fim de 6 temporadas no tour, Ibelli fez uma final e 6 meias-finais, mantendo boas hipóteses de quebrar esta barreira muito em breve.

Frederico Morais | Portugal
O nosso “internacional” estreou-se no Championship Tour a tempo inteiro em 2017, ano em que se qualificou para a final na prova de Jeffreys Bay. Apesar de ter encontrado o surfista mais em forma de todo o evento no derradeiro heat da prova, Kikas perdeu por uma diferença de apenas 0.27. Desde aí o melhor que conseguiu foram duas meias-finais mas em 2024 estará de volta, mais completo e experiente que antes e tem hipóteses realísticas de sair desta lista em provas como Sunset, Bells Beach e El Salvador. Será que consegue?

Conner Coffin | EUA/Califórnia
Quantos surfistas até hoje se qualificaram para a WSL finals sem qualquer vitória no circuito? Na verdade foram apenas dois, e ambos no mesmo ano. Um deles foi Morgann Cibilic, um surfista que esteve no tour apenas dois anos. O outro foi Coffin, que nos seus cinco anos de Championship Tour fez duas finais e pouco mais. O seu surf parecia encaixar que nem uma luva em qualquer point break de direita, mas parecia faltar aquele “instinto matador” que se vê em muitos outros competidores no mais alto nível. Em 2022 não sobreviveu ao cut, e pouco depois reformou-se antes de fazer 30 anos, passando a dedicar-se ao free surf.

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