Frederico “Kikas” Morais é o surfista da sua geração (juntamente com Nicolau Von Rupp) com mais temporadas havaianas… e neste momento encontra-se na sua sexta e a disputar os importantes eventos Prime!
Quisemos saber como estava a planear as suas semanas no mais importante “canto” do surf mundial nesta altura do ano, e por isso fizemos-lhe umas perguntinhas sobre isso mesmo! Apesar de neste momento Frederico Morais ter sido eliminado do primeiro evento Prime, o REEF Hawaain Pro, onde juntamente com Nicolau Von Rupp (que perdeu no round 2), defendeu as cores portuguesas, ainda tem pela frente a infame etapa de Sunset e onde poderá continuar a mostrar ao mundo que já não falta muito para entrar pela porta da grande arena do surf mundial, o WCT!
Kikas, qual o teu objectivo principal neste momento?
É, sem dúvida, subir o mais possivel no One World Ranking, na última etapas do ano, uma vez que já perdi em Haleiwa. É mais um Prime mas que, como o outro, tem uma estrutura diferente dos restantes, o que dificulta as coisas, mas estou preparado e vim para fazer um bom resultado e atingir este objectivo.
Já te tinha passado pela cabeça que se fizesses uma temporada à Sebastien Zietz como ele fez no ano passado podes qualificar-te para WCT já em 2014?
Sei que uma temporada dessas é muito complicado, não em termos de surf, mas sim em termos de experiência. É a minha primeira Triple Crown, os campeonatos no Hawaii são completamente diferentes do que vemos em todo o lado. O tipo de surf que se requer aqui é completamente diferente, e depois o factor “locais” também não é de fácil gestão. Em qualquer outro Prime todos comecamos no round 96, aqui começamos no round 128 e o suposto round 96 passa a ser 64 onde já estão todos os surfistas do WCT. Um bocado confuso. Óbvio que seria de sonho fazê-lo, mas como não era o meu objectivo para este ano, zero pressão. Agora, para o ano sim, ja é um objectivo e a minha prioridade a partir de agora.
Onde tens surfado desde que chegaste?
Tenho surfado em Rocky Point e OTW . E surfei muito em Haleiwa a treinar para o campeonato nos dias antes deste acontecer.
Esta é a tua sexta temporada no Hawaii. Com quem foste este ano?
Estou com o meu treinador, com o Ryan Callinan e o Peterson Crisanto que sao com quem eu tenho viajado nestes ultimos anos e tem vindo a resultar muito bem.
Tens alguma estratégia específica para a etapa de Sunset?
Nenhuma, a não ser a de fazer o meu surf e dar o meu melhor. Como já disse, é a minha primeira Triple Crown, mas como é um tipo de surf que gosto, espero que corra bem.
Qual a maior prancha que tens aí?
Maior prancha que tenho é uma 7’0”.
Para ti o Hawaii é um lugar obrigatório para um surfista estar regularmente?
Acho que é um destino obrigatório, sim. É fundamental vir conhecer e habituar-mo-nos a este meio e a este ambiente diferente, porque como surfistas profissionais muito do nosso tempo vai ser passado aqui e muitos dos nossos resultados vão depender destas provas. Temos o exemplo do Nicolau que tem vindo cá desde novo, e hoje em dia é respeitado por muitos e as ondas que ele já surfou em Pipe e Backdoor deram-lhe uma grande ajuda na sua carreira.
Até quando vais ficar no Hawaii?
Vou ficar ate ao final de Sunset e depois volto para Portugal.
Para terminar, penas que há alguma possibilidade de entrares no Billabong Pro Pipemasters como wildcard?
Não sei, não foi falado, por isso duvido que haja alguma possibilidade.
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