Devido às fracas perspectivas para o Domingo do Sumol Porto Pro, a organização do evento arrancou cedo com a prova no Sábado e apostou em terminar antes do fim do dia!

As ondas estavam semelhantes ao dia anterior, com cerca de meio metro nos sets e formação fraca. Infelizmente mais uma vez o Porto não mostrou o seu melhor mas, verdade seja dita, as condições eram muito fracas de Norte a Sul do país!

A primeira fase deste dia, o round de 16 masculino, foi das mais dramáticas que este circuito já viu. Tudo começou no heat 1, que defrontava Filipe Jervis, Guilherme Fonseca, (o maior favorito à vitória) Frederico Morais e Ivo Cação. Foi uma bateria de muitas ondas para todos os competidores mas no fim Jervis levava uma vantagem sólida sobre os seus adversários e tanto Morais como Fonseca pontuavam forte nas últimas ondas. Contas feitas, deu-se o primeiro upset do dia, Frederico ficava em 3º lugar e era assim eliminado juntamente com Cação!

No heat seguinte caiu mais uma bomba, o líder do circuito era eliminado. Gony Zubizarreta tinha estado “on point” durante as primeiras fases da prova e esperava-se uma suave caminhada até às fases finais. Mas os goofies do seu heat, Pedro Henrique, Pedro Coelho e João Kopke tinham outras ideias. Henrique cedo se destacou e venceu o heat, e apesar de menos de um ponto separar os restantes competidores, Gony acabou em 4º lugar, com Kopke em 3º e Coelho a avançar em 2º lugar.

E como não há duas sem três, Tiago Pires era eliminado no heat seguinte. E com ele mais um forte candidato à vitória, Zé Ferreira, ficava para trás. Os “culpados” eram mais uma vez os goofies, Marlon Lipke e Eduardo Fernandes, que mostraram bastante ritmo e avançaram com facilidade para a fase man-on-man.

Aparentemente também não há 3 sem 4 e para fechar a fase também o local João Guedes seria eliminado, juntamente com Pedro Boonman, por Ruben Gonzalez e Tomás Fernandes. Às meias finais só chegaram goofies, provando que as condições estavam melhor para quem estavam de frontside para a esquerda. Eram eliminados nesta fase Pedro Coelho, Guilherme Fonseca, Ruben Gonzalez e Tomás Fernandes.

Graças a uma onda de 7.5 pontos Filipe Jervis ficou numa boa posição para avançar para a final, mas faltou um back up à medida. Pedro Henrique andou muito nas pequenas ondas de Leça e fez notas de 6 e 5.8, deixando Filipe a precisar de 4.31, uma nota que não conseguiu encontrar e assim foi eliminado.

Marlon Lipke abriu o seu confronto contra Eduardo Fernandes, um dos surfistas mais em forma do evento, com uma onda de 8 pontos e aproveitou o momentum para fazer a sua primeira final do ano, deixando o seu adversário em 3º lugar na prova.

Na categoria feminina Teresa Bonvalot tinha andado a surfar bem soltinha, mas foi derrotada por Camilla Kemp, que está numa fase fortíssima. Do outro lado da grelha vinha a surfista que estava empatada com Camilla na liderança no ranking, Carol Henrique, que eliminou Mariana Garcia nas meias. Na final Carol foi mais forte e conseguiu a sua segunda vitória consecutiva, o que lhe garante a primeira posição no ranking feminino.

Também a final masculina seria vencida por outro Henrique, Pedro, o irmão de Carol. Em dois anos de circuito este surfista nunca tinha conseguido vencer mas nesta final foi mais forte que Marlon Lipke e garantiu o seu primeiro “caneco” na Liga. Pelo seu resultado Pedro Henrique passou para um sólido segundo lugar no ranking e além da sua primeira vitória conseguiu um feito histórico neste circuito, o primeiro “combo” de irmãos a vencer uma etapa.

A Liga MOCHE regressa em Junho com o Allianz Sintra Pro na Praia Grande!

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