Apesar de estar situado no “cantinho” da Europa, Portugal está a tornar-se no centro do velho continente. Os eventos e atletas são o que tem colocado Portugal “na berra” mas no que toca a produzir pranchas de surf estamos também perto do topo da Europa. As marcas nacionais estão a marcar presença nos pés de surfistas um pouco por todo o continente, e algumas marcas internacionais estão a montar a sua base por cá. Tiago Raimundo é um desses exemplos pois a sua fábrica vai abastecer a Europa com a conhecida marca DHD. A ONFIRE passou nesta nova fábrica para saber mais sobre este novo “player” no mercado.

Tiago, a partir deste momento todas as pranchas DHD da Europa vão sair de Portugal?
Sim, somos distribuidores em Portugal da DHD há 6 anos mas a dificuldade em fazer as pranchas chegar da Austrália, principalmente no caso das “custom orders” (pranchas sob encomenda) e para team riders atrasavam bastante o processo. Eu e o Darren Handley já estávamos a planear há 3 anos fazer a fábrica aqui e depois de analisar bem os prós e contras achámos que este é o momento.

Porque é agora o momento?
Porque fechámos distribuição para toda a Europa, Israel e Dubai, e o Darren fechou toda a produção existente fora da Austrália, abrindo apenas em Portugal e no próximo ano nos EUA. Será usada uma máquina idêntica à que é usada na Austrália, os mesmos materiais e a mesma mão de obra, tudo igual.

Estratégicamente faz sentido a produção para a Europa ser feita em Portugal?
Estratégicamente para mim faz sentido porque vivo aqui e quis puxar isto para Portugal. Teve muito a ver também com o investimento que teve de ser feito e pela ligação que já havia com a marca e a relação com a nossa empresa.

Quantas vezes por ano vamos ter o Darren Handley em Portugal?
Quatro vezes, cerca de um mês cada, Fevereiro/Março e Outubro já está no calendário e haverá outra deslocação pelo meio e uma no fim do ano. A data de Outubro coincide com o WCTs da Europa e as pranchas do Mick Fanning, Wilkinson, Mineirinho e companhia serão já produzidas nesta fábrica. Haverá também “custom orders”, pranchas de team riders e stock para a Europa em qualquer das vezes que ele vier cá.

Quando ele estiver fora não se poderá encomendar pranchas?
Pode-se encomendar sempre pois estará cá o “back shaper” dele, o Sebastian, que já trabalha na DHD há 21 anos.

Como é que o mercado português vai receber as pranchas DHD?
Nós vamos manter o que já tínhamos no passado, não vamos ter encomendas na fábrica ou vendas directas, será sempre com as lojas de surf como ponto de venda.

Quando dizes que as pranchas estarão em toda a Europa, de que países estás a falar?
Estaremos em Espanha, França, Itália, Inglaterra, Alemanha, Canárias, Irlanda, Holanda, Chipre, Malta, Grécia, e ainda Marrocos, Ilha Reunião, Israel e Dubai.

Quais são os modelos que têm tido mais sucesso?
No verão tivemos a Black Diamond e Double Shot, que saíram muito bem, e ainda a Scalpel. Para o Inverno temos a DX1 que toda a gente quer experimentar e o feedback tem sido muito bom. As Mick Fanning Models também têm tido muito sucesso e recentemente a Eager Beaver também teve uma boa saída.

Escusado será dizer que o Mick Fanning tem com favorita o Mick Fanning Model?
Não, ele usa quase sempre a Ducks Nuts pois é uma prancha high performance desenhada pelo Darren, apesar dela sofrer algumas alterações no que toca a tail ou outros pormenores. Usa muito a Sweet Spot em pranchas grandes, e é o que vai levar agora para o Havai. E também gosta muito a Eager Beaver para ondas de verão.

Para terminar, quantas pranchas vão sair desta fábrica para o mercado Europeu em 2014?
Neste momento já temos garantidas 1.200 pranchas em encomendas. Eu conto com uma produção entre 1.600 e 1.800 pranchas até ao fim do ano mas o objectivo está entre as 2.800 e 3.000 pranchas por ano!

Podes saber mais sobre este projecto AQUI!

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