Depois de várias décadas em França, a WSL passa a ter em Portugal a sua base para a Europa, África e Médio Oriente. Apesar de ser algo bastante óbvio e previsível para a actual conjuntura, esta mudança é algo que há pouco mais de 10 anos parecia impensável, o que demonstra o quanto o surf tem crescido no nosso país.

O nosso desporto desenvolveu-se e passou a fazer parte da cultura de outros países Europeus, como a França e Inglaterra, anos antes de causar impacto em Portugal, o que permitiu que o sudoeste de França se transformasse no ground zero da indústria na Europa, oferecendo mais oportunidades a tudo o que se situava na zona. França chegou a ter três eventos do Championship Tour por ano e condições para os seus atletas que ainda hoje são difíceis de serem proporcionadas em outros recantos da Europa.

Mas aos poucos o surf português foi crescendo no “cantinho” do velho continente e começou a ganhar terreno sobre as outras potências da Europa. Além da qualidade das ondas, que é claramente superior ao resto da Europa, um dos principais intervenientes nesta escalada foi Tiago Pires que, com muita garra e fome de vencer, foi colocando a nossa bandeira ao lado de outros grandes países, o que permitiu que o desporto ganhasse destaque, visibilidade e respeito tanto “lá fora como cá dentro”.

Outros grandes players também contribuíram muito para a continuação desta ascensão, como por exemplo a equipa que trouxe o Championship Tour para o nosso país há 10 anos e conseguiu criar condições para que grandes empresas, como a PT/Altice, e apoios estatais, como o do Turismo de Portugal, apostassem fortemente nos eventos da WSL como um dos principais veículos para passar a sua mensagem. A mesma equipa passa a ser responsável pela WSL, ficando Francisco Spínola com o cargo de General Manager da região Europe/Middle East. “Além de todas as acessibilidades de uma capital europeia, Lisboa oferece surf a meia hora do centro e condições para a prática da modalidade durante todo o ano. Portugal vai ficar como “centro decisório” do surf na Europa, mas também em África e no Médio Oriente”, confirmou Francisco Spínola.

No entanto a França não fica totalmente de lado no panorama da WSL na Europa, mantendo-se como um mercado estratégico para a World Surf League. Mais novidades em breve…

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