Usar pranchas para traficar droga já chegou a fazer parte da cultura do surf. Nos anos 60, 70 e 80 a tentação era muita e muitos surfistas norte-americanos sustentavam o seu estilo de vida traficando estupefacientes dentro das suas pranchas do México para os EUA.
Especula-se até que algumas marcas de surf foram fundadas com capital de origens duvidosas, como este tipo de tráfico, que entretanto terá sido transformado em grandes e legitimas empresas. Mas esse passado ficou para trás, tal como a má imagem que algumas gerações de surfistas deram ao desporto.
Hoje em dia o surf é uma modalidade com grande credibilidade, mais conotada a um estilo de vida saudável e limpo que chega a um público muito diversificado. Mas isso não quer dizer que a pratica de usar as pranchas como transporte de droga tenha sido 100% abandonado. Recentemente um surfista brasileiro foi fuzilado na Indonésia, juntamente com mais 7 traficantes estrangeiros, depois de 10 anos no “corredor da morte”. O seu crime? O tráfico de 6 quilos de cocaína dentro de uma prancha de surf. Infelizmente para ele, e todos os outros, a punição deste crime da Indonésia é a morte.
Esta semana houve mais um caso de tráfico de droga numa prancha de surf mas num local muito distante e com outros contornos. Apesar das tentativas de uma marca chamada “Jetsurf”, ainda ninguém conseguiu meter um motor numa prancha e mantê-la funcional. Mesmo assim algum “artista” tentou usar essa fórmula para transportar uma prancha cheia de “Meth” da Costa de Tijuana, que fica na fronteira, para os EUA.
Mas a experiência não correu bem, a água entrou em contacto com as baterias e o motor parou, encalhando na praia ainda em Tijuana. Poucas horas depois a polícia já tinha recuperado a prancha, pondo fim a este novo esquema de tráfico. Ao que parece continha cerca de 100.ooo USD em “Meth” uma das drogas mais baratas mas mais pesadas da actualidade. Nenhum suspeito foi preso nesta fase.
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