Na teoria Vasco Ribeiro teria de esperar pela última etapa da LMPS para ser declarado oficialmente Campeão Nacional da Liga Meo Pro Surf. Isso porque ainda haveria um adversário, Frederico Morais, com hipóteses matemáticas de lhe passar à frente no ranking. Mas, na prática, Vasco já é campeão pois Frederico já anunciou oficialmente que não estará presente por dar prioridade (tal como Ribeiro) ao Oakley World Junior, que se realiza na próxima semana em Bali.

Tendo isso em conta, no momento em que Vasco Ribeiro avançou para os quartos de final man-on-man, foi logo considerado (não oficialmente) campeão nacional. A ONFIRE apanhou o novo campeão logo a seguir à entrega de prémios da etapa da Figueira, o MEO Figueira Pro, para saber o que lhe passava pela cabeça nesta excelente fase da sua carreira.

Vasco, acabaste de garantir o teu segundo título nacional consecutivo da LMPS, como te sentes?
Estou muito contente, foi um ano muito complicado mas felizmente as coisas correram bem. Treinei bastante mas sabia que ia ser difícil porque a Liga Meo Pro Surf está com um excelente nível. Agora ainda tenho outros dois campeonatos pela frente mas este objectivo já está cumprido.

A partir de que momento achaste que tinhas boas hipóteses de revalidar o título?
Eu acho que não houve nenhuma altura em que eu achasse isso porque a qualquer momento tudo podia mudar. Uma pessoa tanto pode chegar à final como perder de primeira e toda a gente está a surfar muito bem, ou seja, tive de dar sempre o litro até à última.

Ontem, quando passaste o teu heat dos quartos de final de quatro para os quartos man-on-man, atribuíram-te logo o título. Estavas à espera que fosse naquele momento ou não deste bem por isso?
Não dei bem por isso… Só quando saí e me deram os parabéns é que me apercebi que já o tinha feito. Eu não gosto muito de ter de fazer resultados, gosto mais de surfar heat a heat, dar sempre o meu melhor e depois as coisas vêm por acréscimo. Felizmente ontem consegui fazer isso, tirei toda a pressão para o dia de hoje. Infelizmente as coisas não correram muito bem depois nas meias finais, mas o Nicolau (Von Rupp) está a surfar muito bem e tenho de dar os parabéns a todos os atletas porque foi um excelente campeonato!

Que importância tem para ti este título?
Muita, é um campeonato óptimo para uma pessoa manter-se activa. Hoje em dia está com um excelente nível por isso dá para treinar imenso. Estar cá em Portugal e ter a oportunidade de competir a nível nacional com o resto dos outros atletas acho que é muito bom e muito importante.

Houve alguma etapa que tenhas gostado mais do que as outras?
Se calhar a do Porto, a etapa que gosto mais é sempre no Porto. É uma cidade diferente, tem sempre imensa gente a ver e gosto muito do sitio. E Tem sempre umas ondas boas. A etapa de Carcavelos/Guincho, em casa, também é sempre óptima, uma pessoa sente-se muito melhor por estar em casa. Mas gostei basicamente de todas,

Estavas com expectativas a apanhar a Figueira da Foz com aquelas condições clássicas?
Sim, é a minha segunda vez aqui, a primeira vez não apanhei ondas e a segunda estava à espera de ondas boas. Não estiveram ondas más mas também não estiveram muito boas, mas é assim, em competição é igual para todos, estou contente que ao menos tenha havido ondas!

Agora vais arrancar para a Indonésia para disputar o World Junior Championships em Bali, quais são os teus objectivos?
Este ano é só uma etapa, por isso é dar o tudo por tudo. No ano passado fiquei em quinto, este ano o objectivo é melhorar ou pelo menos ficar no mesmo lugar. Sei que vai ser bastante difícil porque é o campeonato com mais nível dentro dos escalões juniores. Quero fazer o meu melhor, representar o melhor possível Portugal e, se possível, tirar um bom resultado.

(Vasco Ribeiro and friends a “desafiar as leis da gravidade”…)

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