Ao longo dos anos a manufacturação de pranchas tem sofrido poucas mudanças a nível tecnológico. Os materiais têm evoluído mas apenas “residualmente” e a maneira de fazer pranchas manteve-se praticamente intacta nos últimos 30 anos.
Têm surgido algumas tentativas de mudar “o jogo” com tecnologias como a S-Core da Salomon, que não “vingou” e já foi descontinuada, e a TuffLite da SurfTech, que tem alguma presença no mercado mas acabou por não o mudar. Têm aparecido outros projectos mais “pontuais” como a Lib Tech mas também essa tecnologia não parece ter potencial de mudar o mercado.
Os shapers estão sempre de olho em novas metodologias mas raramente, devido a limitações de orçamento ou de tempo, perdem tempo a tentar algo novo. Em visita à Europa, Matt Biolos (Mayhem), shaper da Lost, foi convidado por um amigo a visitar uma fabrica de pranchas francesa chamada “Jab”.
Uma vez no local Matt descobriu que esta fábrica esta a trabalhar num conceito que já lhe tinha passado pela cabeça, uma espécie de “glass tipo garrafa de plástico”. Seria no fundo um tipo de “invólucro” à volta das pranchas do surf, que substituiria a actual fibragem que é bastante dispendiosa e pouco amiga do ambiente.
O que a Jab está a desenvolver, apesar de ainda estar longe de estar terminada, é uma camada de polycarbonato, o material usado, por exemplo, nas lentes dos óculos de sol. Este material é extremamente forte e leve e mantém um toque semelhante ao das pranchas fibradas à mão. No entanto ainda é preciso trabalhar na parte da flexibilidade destes materiais mas, segundo Matt, já têm algumas ideias de como fazê-lo. E o melhor de tudo é que este material é mais amigo do ambiente do que o que se usa agora, algo que se torna cada vez mais um factor importante nos dias de hoje!
É o futuro a bater à porta?
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