Tal como leste aqui, Filipe Jervis está em Bali para treinar. Infelizmente ele chegou e as suas pranchas não e por isso o surfista do Guincho passou os primeiros dias a mostrar a ilha à sua namorada. Entretanto as suas pranchas chegaram, e, com elas, o flat!

O que vale é que parece que o flat não demorou muito pois rapidamente toda a população presente em Bali começou a falar de um swell épico que iria entrar. Quando entrou, Jervis estava mais do que pronto mas nada melhor do que leres as suas palavras para saber como passou os últimos dias em Bali!

Olá a todos! No último report disse que a minha luta em busca das pranchas ia continuar. Passados mais alguns telefonemas, quando me atenderam o telefone do aeroporto e eu disse que era o Filipe, eles disseram que já tinham as minhas pranchas e que iam enviá-las para o meu hotel. Umas horas mais tarde bateram à porta do meu quarto a dizer que a mala das pranchas tinha chegado. A minha euforia triplicou, não perdi tempo e comecei logo a preparar as pranchas para ir, finalmente, surfar a Uluwatu.

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Dada a primeira surfada, como o mar estava mau, decidimos passar a tarde em Kuta. Mal sabíamos nós que íamos viver o caos na estrada. Um trânsito infernal, motas a andar fora da estrada, e mais de uma hora para lá chegar. Fomos directos a Kuta Beach para a Maria fazer uma “henna tattoo” (feita com uma tinta extraída de uma planta que fica na pele temporariamente). Depois de umas voltas no centro, decidimos ir experimentar um sushi que nos tinha sido recomendado, e acabámos por ter uma excelente refeição por ter uma relação preço-qualidade muito boa.

No dia seguinte, com o mar muito pequeno, as expectativas para o dia seguinte eram enormes, swell de dois metros e vento off-shore. Acho que não se falava noutra coisa por estes lados, excepto um nadador-salvador de Padang Padang, que comentou com um estrangeiro as suas dúvidas em relação ao que as previsões da internet diziam.

Entretanto, nessa tarde, fomos até à praia de Padang, onde acabei por meter a Maria na água para fazer mais umas ondinhas. Na última onda, a Maria experenciou a “agradável” sensação de se cortar no coral e ter que por lima para desinfectar. Eram apenas uns cortezinhos, mas achei que ela devia sentir o que todos sentimos quando nos cortamos nos corais.

Ao final da tarde resolvemos ir ao famoso templo dos macacos em Uluwatu. Estava tão entusiasmado que no caminho até comprei comida para lhes dar. No entanto, tivemos uma surpresa inesperada. Enquanto caminhávamos no templo, descobrimos que, àquela hora, iria haver um espectáculo típico de danças Balinesas. Não hesitámos e comprámos imediatamente os bilhetes. Ficámos fascinados com a qualidade do espectáculo. Vimos de tudo: uma banda sonora que era composta pelas vozes de mais de 20 homens que ficaram no centro do palco mais de uma hora a cantar, uma típica história de amor, em que as personagens usavam trajes tipicamente balineses, e três personagens de comédia que animaram bastante, interagindo com o público dando mais animação ao espectáculo.

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Acordei as 3 da manhã mais do que nervoso para surfar a esquerda perfeita de Bingin, que iria funcionar com o swell. Assim que deu o primeiro raio de sol, levantei-me e caminhei até à praia e foi aí que me deparei com o maior “flop” de sempre: estava flat!!!! Voltei para casa, agarrei as chaves da mota e arranquei para o Uluwatu, que também não estava com grandes ondas, mas já que tinha acordado tão cedo, acabei por surfar as poucas ondas que havia.

Nessa tarde, não havendo ondas, peguei na Maria e fomos até à praia de Padang, para apanharmos um bocado de sol. Foi aí que comecei a perceber que o mar estava finalmente a subir e que era tempo de agarrar na minha prancha e ir surfar as ondas que me fizeram vir a Bali. Chegados a Uluwatu, a Maria instalou-se num cafezinho, e eu deparei me com dois metros off shore, mais que perfeito. Ainda não tinha almoçado, mas o mar estava tão bom que não resisti, comprei um chocolate e pus-me a descer as escadas até à praia. Três horas de surf, 300 pessoas e uns tubos incríveis na secção da onda chamada Inside Corners. Lá desencantei 3 ou 4 ondas boas, com bons tubos, e tive finalmente a sensação que estava a surfar em Bali.

Foi o primeiro dia que não choveu, logo apanhámos o nosso primeiro pôr-do-sol em Bali. Bintang na mão, calor, e um óptimo ambiente na praia, são todos os ingredientes necessários para um pôr do sol perfeito. Jantámos cedo, que o cansaço ja estava a dar de si.

Hoje voltou a ser dia de acordar as 6 da manhã, desta vez para realmente apanhar altas ondas em Bingin. Passámos o resto do dia a fazer praia com um sol abrasador com duas surfadas no meio.

Adeus, até a uma próxima!

Daqui a uns dias, Jervis voltará a contar-nos as suas aventuras na Ilha dos Deuses! Fica atento aqui ao site da ONFIRE!

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