Filipe Jervis arrancou recentemente para Bali, Indonésia, para passar uns dias a surfar em ondas perfeitas e água quente e relaxar. Como é óbvio, tínhamos de acompanhar esta sua viagem!

É por isso que a partir de hoje, e de tempos a tempos, poderás encontrar as Crónicas Balinesas de Filipe Jervis aqui no site da ONFIRE, tal e qual como já tiveste o prazer de ver quando este mesmo surfista esteve em sítios como a Austrália ou Hawaii.

Assim, nestas crónicas, o surfista do Guincho te irá contar na primeira pessoa todas as peripécias desta sua aventura, aventura essa que, como poderás ler já de seguida, não começou da melhor forma pois, enquanto aterrava em Bali, as suas pranchas aterravam no Sri Lanka…

Olá a todos! Após o último report da Austrália, voltei finalmente a viajar para algum sítio que valha a pena escrever. Três anos depois, estou de volta a um dos meus sítios preferidos no mundo inteiro, Bali. Desta vez, surgiu a oportunidade de vir até cá com a minha namorada, a Maria, e o objectivo da viagem é o mesmo de sempre, treinar e surfar das melhores ondas do mundo!

Visto ser a primeira vez que a Maria viaja para fora da Europa, sabia que ia ser uma viagem complicada: quatro aviões, quatro escalas e culturas completamente diferentes. Acabou sendo mais fácil do que pensava visto termos vindo a dormir em quase todos os aviões. Correu tudo às mil maravilhas, até chegarmos a Jakarta. Cansaço ao mais alto nível, o desespero de chegar a Bali é cada vez maior, e quando estávamos à espera que as malas chegassem, apareceu um indonésio com o meu e outros nomes num papel.

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Diriji-me a ele juntamente com outro português que fez a mesma viagem que nós, e que também tinha o seu nome no papel, e descobrimos que ambas as nossas malas de pranchas tinham sido perdidas. Depois de meia hora à conversa com a senhora do “Lost & Found”, descobrimos que as nossas pranchas tinham ido parar a Colombo no Sri Lanka.

Passado dois dias, e muitas tentativas falhadas de telefonemas para o aeroporto,  a única coisa que sei é que a minha mala das pranchas já chegou a Jakarta mas não faço ideia quando vem para Bali, nem eles sabem, segundo me dizem… Não tendo pranchas, tenho aproveitado estes primeiros dias para fazer uma visita guiada à Maria, na zona de Bingin (onde estamos a ficar) e arredores, como Uluwatu e Padang Padang.

O mar tem estado muito pequeno o que faz com que custe menos o facto de não ter pranchas. Um primeiro dia cheio de praia, sol e água quente, um segundo dia com uma tempestade tropical gigante… Mas o tempo foi melhorando ao longo deste segundo dia, e foi aí que decidimos que a Maria devia fazer surf. Alugámos duas longboards e fomos surfar para uma onda ao lado da famosa esquerda de Padang Padang. Divertimo-nos bastante, eu por não tocar numa longboard há uns bons aninhos e a Maria por estar a surfar de bikini e com uma paisagem à nossa volta fora do normal.

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Acabámos o dia a aventurar-nos com a nossa mota nas caóticas estradas de Bali em direcção a Kuta. Para quem não conhece, é das zonas mais movimentadas da ilha: desde indonésios a insistir para entrarmos nas lojas deles, à negociação de preços até aos malucos a perguntarem constantemente se queremos “mushrooms” (cogumelos mágicos). Passámos uma noite diferente, apenas em busca de possíveis compras futuras. Confesso que já tinha saudades deste típico cheiro balinês e de falar este inglês, que quanto pior falado mais entendido é.

Amanha é dia de continuar a minha luta para poder ter comigo as minhas pranchas e finalmente aproveitar as ondas que cá vim surfar.  Até ao próximo report!

Só tens de continuar atento ao site da ONFIRE, o que para tu não é difícil pois sabemos que vens cá diariamente, para continuares a acompanhar as aventuras de Filipe Jervis e da sua namorada Maria do outro lado do mundo!

 

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