É português e alimentou de uma forma requintada e única os melhores do mundo durante um mês!
Que tal um arroz de tomate e uma patanisca de polvo no line-up de Teahupoo?
Já muito se disse sobre o impacto do Moche Series Cascais Trophy 2013 no panorama do surf nacional. Bom para o turismo local e nacional. Fantástico para a exposição mediática do país. Excelente para o posicionamento dos novos valores do surf nacional nas elites mundiais. Mas será que alguém se debruçou sobre o impacto que o país provocou em quem por cá esteve?
O chef António Alexandre (Chef Executivo do 100 Vícios – Restaurante / Bar / Lounge) desenvolveu para a organização do Moche Series Cascais Trophy 2013 um projeto gastronómico baseado em dois produtos nacionais (cavala e polvo), com o intuito de transmitir aos atletas do WCT em Peniche, WWCT e Prime em Cascais, uma mensagem clara sobre a qualidade, diversidade e sustentabilidade da gastronomia portuguesa.
Ao longo de todo o Moche Series foram criados e apresentados aos patrocinadores, juízes, comentadores da ASP e atletas alguns pratos de autor, onde a qualidade dos produtos nacionais se destacou a par das melhores práticas ambientais e de sustentabilidade (pesca, produção hortícola e frutícola, combate ao desperdício alimentar, etc).
Em declarações à ONFIRE, António Alexandre, afirma que a sua missão foi “um desafio vibrante, intenso, completo. No geral qualquer atleta é exigente nos cuidados alimentares, mas aqui, entre os top mundiais a exigência é ainda maior. No surf, e sobretudo ao mais alto nível, a alimentação segue regras muito restritas de qualidade e equilíbrio nutricional. Foi um verdadeiro desafio, mas pelas reações que obtive, penso que Portugal e a sua gastronomia ficam claramente dignificados”.
Por falar em reações, Joel Parkinson, Mick Fanning ou Matt Wilkinson foram alguns dos surfistas de elite que fizeram questão de elogiar pessoalmente o trabalho do chef português. “Em Peniche, num dos pratos que eu fiz, o Joel veio ter comigo à cozinha [risos – o campeão do mundo na minha cozinha???], e imagine-se, pediu-me para eu cozinhar o mesmo prato para a mulher e filhos“.
O “lendário” Mark Occhilupo deixou uma dedicatória ao chef português: “Estou muito impressionado com os pratos preparados com produtos locais, incrivelmente saudáveis, fomos bem recebidos. O Chef é muito simpático. Adorava tê-lo no ’tour’ connosco ou então levá-lo para casa“.
Já o norte-americano CJ Hobgood, habituado à boa gastronomia portuguesa, gostou da ideia de ter António Alexandre a acompanhar o circuito: “Isso seria espetacular, surreal. Tem todo o nosso apoio“, afirmou.
Questionado pela ONFIRE sobre esta “ideia” de António Alexandre e a sua equipa integrarem as restantes provas do circuito mundial de surf, comenta: “Seria uma honra para mim! Um enorme desafio! A experiência de uma vida e uma excelente oportunidade para afirmar a gastronomia portuguesa como uma referência mundial: imaginem lá o Slater ou o ‘Parko’ com um prato de arroz de tomate e pataniscas de polvo no line-up de Teahupoo”.
O Chef Executivo António Alexandre tem uma carreira nacional e internacional de 25 anos, e define a sua cozinha como uma experiência de texturas, emoções, contrastes e paixões, baseada na química intensa que junta o contar de uma história tradicional ou contemporânea à partilha de experiências.
Cada uma das suas criações, fortemente influenciadas pelos produtos portugueses permite a todos uma viagem esclarecida e sem limites pelos mais viciantes quadrantes do paladar.
Detentor de um apurado sentido de humor e plenamente confiante da energia criativa que coloca em tudo o que faz, António Alexandre, Chef Executivo do Lisbon Marriott Hotel, foi galardoado “Chefe do Ano 2012” da cadeia para o continente europeu.
De destacar ao longo destes 25 anos a sua passagem por locais emblemáticos como o“Alfama” em Koln (Alemanha, 1992/1997), a Fortaleza do Guincho (1998/2000), o“Palácio Belmonte” (2001/2002), a Bica do Sapato (2006/2008).
O seu dinamismo na inovação das técnicas que utiliza, bem como a constante busca de novos sabores são também mote para diversos projetos pessoais na área da consultoria e presença enquanto juiz em iniciativas como a Mesa dos Portugueses ou o Chefs Academy.
Será que em 2014 o WCT vai ter um Chef português? Esperemos que sim!
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