São duas décadas de trabalho, desde a formação à competição, e são várias as atividades que caracterizam um percurso de sucesso e de destaque na modalidade, posicionando a Universidade Lusófona no número Um entre as instituições académicas envolvidas com o SURF.
Tudo começou em 1996 com o título de Campeão Nacional Universitário do surfista Sandro Maximiliano e a partir daí iniciou-se um percurso que até aos dias de hoje ainda não parou de evoluir. Em 2001 regista-se a criação do Clube Lusófona Surf, com a participação dos atletas-estudantes em competições universitárias e competições da Federação Portuguesa de Surf e o mais importante, com incentivos para o aproveitamento escolar através do desporto, através de programas de redução de propinas para os surfistas. Foi uma iniciativa pioneira no surf universitário e que continua activa nos dias de hoje com atletas dos diferentes desportos de ondas a beneficiarem de bolsas de estudo em todos os anos lectivos.
Também a organização do Campeonato Nacional Universitário durante 10 Anos consecutivos 2007- 2017, em parceria com a FADU (federação académica do desporto universitário), valorizou ainda mais o percurso do SURF na Lusófona, com a organização de provas de norte a sul do país e com uma estrutura e um plano de comunicação que prestigiou o Surf Universitário de forma única em Portugal. Durante este período, foram arrecadados vários títulos de campeões nacionais por equipa e também diversos títulos individuais de surf e bodyboard, tornando a Universidade Lusófona na universidade mais medalhada de sempre nos desportos de ondas em Portugal.
Na vertente da formação, destaque absoluto para a entrada da teoria e prática do SURF nos programas curriculares da Licenciatura em Educação Física, em 2002, como matéria obrigatória em blocos de disciplinas semestrais, e mais tarde, também em disciplinas anuais de especialização para quem quer certificar-se como treinador. Por outro lado, a organização de várias palestras e seminários de SURF, com destaque para as Conferências Surf e Performance em 2014, que juntou mais de 20 convidados distribuídos pelos diversos temas abordados, contou com mais de 500 pessoas a assistir nos auditórios e trouxe a imprensa especializada à universidade para fazer a cobertura dos eventos.
O surfista Sandro Maximiliano, coordenador geral do SURF na Universidade Lusófona, acrescenta: “É um orgulho enorme olhar para trás e ver o trabalho que foi feito durante estes 20 Anos na universidade. Tem sido uma viagem fantástica afirmar o surf no meio universitário e um enorme crescimento pessoal e profissional ter criado e liderado todas estas iniciativas. Principalmente porque tudo aconteceu de forma natural, nada foi forçado, as coisas foram surgindo e o motor foi sempre a paixão pelo surf e a ambição de nunca querer largar esta vida do mar, da praia e das ondas, querer viver sempre envolvido com o surf. É um projecto de vida que continua ainda hoje.”
Atualmente, e desde 2014, os cursos de formação profissional para treinadores de SURF são a principal actividade do SURF na Lusófona. Formar treinadores de Norte a Sul do país, com uma equipa de mais de 30 formadores qualificados e com uma estrutura académica por trás que garante a qualidade máxima das formações. Para assinalar os 20 Anos de Surf Lusófona 2002-2022, foram lançados recentemente vários novos centros de formação de treinadores por todo o país e neste momento já é uma realidade a criação de Turmas Grau I e Grau II em seis diferentes zonas: Aljezur, Porto, Ericeira, Praia Grande, Costa da Caparica e Lisboa. Em todos os centros de formação é implementada a mesma estrutura e a mesma coordenação de curso e as equipas de formadores mantêm grande parte dos mesmos elementos, embora também sejam recrutados formadores locais com a mesma qualificação, conferindo de forma equilibrada o mesmo protagonismo em todos os cursos nas diferentes zonas do país.
“A formação profissional dos treinadores de surf é desde 2014 a principal actividade do Projecto Surf Lusófona, onde colocamos toda a nossa energia e todos os nossos recursos e “know how”. Por sermos uma universidade, naturalmente que levamos a formação muito a sério, inclusive uma universidade como a nossa, líder em desporto e que forma treinadores há muitos anos pela via académica. Neste caso, mesmo tratando-se de formação de treinadores pela via profissional, não é razão para baixar os níveis de qualidade, para nós só faz sentido se fizermos com rigor, respeitando os programas e as cargas horárias, as metodologias de avaliação, e as exigências e a especificidade de cada matéria leccionada. Nós não estamos alinhados com outros formatos que estão a aparecer no mercado e que propõem cursos condensados em uma semana, empresas de formação que nada têm a ver com o SURF, utilizações abusivas das aulas online que obviamente diminuem a qualidade da formação, entre outras orientações muito pouco rigorosas e que no nosso entender não valorizam a formação dos treinadores de SURF, mas sim banalizam por completo esta actividade. O objectivo não é “vender” cédulas de treinador, mas sim formar e preparar da melhor maneira possível os treinadores.“
Apesar da formação de treinadores de surf ter o principal foco em Lisboa, onde existe um maior número de treinadores formados, os centros de formação a Norte e a Sul do país têm vindo a ganhar cada vez mais notoriedade e nestas zonas a maior parte dos treinadores de surf que estão no activo, foram formados pelo Projecto Surf Lusófona.
“É muito gratificante sermos considerados os melhores nesta área, e quem diz isto não somos nós, mas sim os mais de 1000 treinadores que já passaram pelas nossas formações. Vamos continuar com o nosso trabalho, temos uma equipa fantástica, desde professores universitários, a treinadores experientes e alguns ex-surfistas profissionais, basta entrar na nossa página do Núcleo de Treinadores Surf Lusófona e consultar quem são alguns dos nossos principais formadores. É obrigatório deixar um agradecimento especial para os nossos parceiros locais, não só porque acreditam na qualidade do nosso trabalho, mas sobretudo porque se preocupam em levar o melhor formato de formação para as suas regiões, melhorando as competências dos seus treinadores e dos seus surfistas. Designadamente, o David Rosa em Aljezur, recentemente o Marcelo Martins no Porto, também o Manuel Mestre em Faro, o Miguel Barata de Almeida na Ericeira, o João Braga de Macedo na Praia Grande e o Miguel Gomes na Costa da Caparica. Tudo gente de valor, com quem comunicamos muito bem e tem sido uma experiência muito saudável criar estas conexões, Muito Obrigado!“
As próximas turmas têm início agendado para os dias 07 e 14 de Janeiro e as inscrições estão abertas para todos os centros de formação do país.
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